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Negócio

Petrobras opera refinaria com restrição e aciona térmica com diesel no RS


epbr - 15 mai 2024 - 10:49

A Petrobras está operando a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas (RS), com carga reduzida, em meio às enchentes na região. O suprimento, no entanto, está garantido, já que a região Sul pode ser atendida por refinarias de outros estados, disse o diretor de Processos Industriais e Produtos, William França.

“Por conta da enorme sinergia que a Petrobras tem entre suas refinarias, como uma empresa integrada, a gente consegue atender ao Sul, se for o caso, com outras refinarias”, disse o executivo em entrevista coletiva nesta terça-feira (14/5).

Segundo ele, a unidade está processando cerca de 20 mil m³/dia de petróleo, ante a capacidade total de 28 mil m³/dia. O escoamento da produção foi normalizado, depois dos impactos sentidos na semana passada por causa dos temporais.

A Refap chegou a interromper a produção de gás liquefeito de petróleo (GLP), por causa do aumento dos estoques com a baixa retirada pelas revendedoras. A operação, contudo, já foi retomada.

Os terminais associados aos ativos de refino da Petrobras na região também tiveram alagamentos, mas não há previsão de impactos financeiros, afirmou o diretor.

Além da Refap, a estatal tem ainda uma participação na refinaria Riograndense, também no Rio Grande do Sul. França afirmou que a unidade teve a operação paralisada na semana passada devido às inundações e aguarda autorização para retomar a produção.

A Riograndense é uma parceria entre Petrobras, Braskem e o grupo Ultra.

UTE Canoas é acionada

A Petrobras também foi demandada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a acionar a termelétrica de Canoas (RS), para a segurança do fornecimento de eletricidade na região.

As chuvas causaram impactos na infraestrutura de transmissão e distribuição de energia elétrica no estado e levaram diversas cidades a ficarem sem luz.

Por enquanto, o acionamento da termelétrica ocorre por meio do uso do gás natural, mas o combustível vai ser substituído pelo diesel, disse o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Maurício Tolmasquim.

A troca será necessária pois o gasoduto que da região não consegue atender à demanda da Refap, da UTE Canoas e das distribuidoras locais ao mesmo tempo.

“Por enquanto, as distribuidoras reduziram o consumo, o que permite o fornecimento à usina de Canoas, mas com o aumento da atividade também deve ter um aumento do consumo. Então encomendamos um motor para despachar a térmica a diesel e deixar o gás para as distribuidoras e para a Refap, na medida em que a demanda cresça”, disse.

O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, disse ainda que a companhia se prepara para suprir o aumento na demanda de asfalto para a recuperação da infraestrutura no Rio Grande do Sul.

“Estamos nos preparando para a reconstrução do estado e para a necessidade de asfalto futura”, afirmou.

A companhia está usando ainda os centros logísticos na região de Canoas para abrigar pessoas desalojadas, além de ter doado 500 mil litros de combustível para auxiliar nos resgates na região.

Gabriela Ruddy – epbr