PUBLICIDADE
CREMER2024 CREMER2024
Negócio

Petróleo recua mais de 1% de olho em Opep e inflação dos EUA


Valor Econômico - 15 mai 2024 - 09:19

O petróleo fechou em queda firme nesta terça-feira (14). A commodity energética recebeu pressão na maior parte da sessão após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manter as suas previsões para a demanda global e a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que avançou mais que o esperado em abril.

O contrato do petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para junho recuou 1,39%, a US$ 78,02 por barril. Já o do Brent, a referência global, para julho cedeu 1,18%, a US$ 82,38 por barril.

Em seu relatório mensal sobre o mercado global de petróleo, a Opep manteve as suas estimativas para o crescimento da demanda global pela commodity tanto para 2024 quanto 2025. Após a divulgação do relatório, o petróleo passou a cair em ritmo moderado no mercado futuro.

Para Barbara Lambrecht, analista de commodities do Commerzbank, ao não dar indicações claras sobre o futuro do mercado, a Opep parece querer deixar todas as opções na mesa antes da sua próxima reunião ministerial em junho. É provável que os países membros “discutam arduamente entre si, já que a Opep+ (sigla que inclui os aliados do cartel) provavelmente arriscaria uma nova queda nos preços caso anunciasse uma retirada gradual dos cortes” de oferta, avalia.

Os contratos futuros da commodity firmaram queda forte depois da divulgação do PPI americano de abril, que subiu 0,5% ante março e superou a previsão do mercado. Nem mesmo as revisões em baixa de leituras anteriores foram suficientes para que o mercado se preocupasse com uma resposta mais conservadora do Fed, em relação à política monetária, o que tende a fortalecer o dólar e dificultar o crescimento da economia dos Estados Unidos, dois fatores negativos para o petróleo.

Agora, os investidores ficarão de olho no índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e nos números semanais de estoques de petróleo no país. Ambos os indicadores saem amanhã de manhã.

Gabriel Caldeira – Valor Econômico