PSA e Fapesp assinam acordo para pesquisas em biocombustível

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Grupo PSA – empresa que controla a Peugeot e a Citröen –assinaram nesta terça-feira (13) um acordo que visa a criação de um Centro de Pesquisas em Engenharia especializado no estudo de motores a combustão movidos a biocombustíveis. Também foi anunciada uma chamada pública que vai receber propostas de pesquisa para o Centro, que devem ser apresentadas até o dia 23 de março de 2013.

O Centro contará com o apoio do grupo industrial e da Fundação por até dez anos para desenvolver estudos que contribuam para tornar mais eficientes e sustentáveis motores de combustão interna, adaptados ou desenvolvidos especificamente para biocombustíveis. Os temas incluem novas configurações desses motores, redução de consumo e de emissões de gases, além dos impactos e da viabilidade econômica e ambiental de biocombustíveis.

Segundo a assessoria de imprensa da Fapesp, ainda não está claro qual será o papel que o biodiesel terá dentro dessa nova iniciativa. Embora a missão do Centro tenha disponibilidade para acolher projetos relacionados ao produto, o peso do biodiesel nas pesquisas só poderá ser avaliado conforme os pesquisadores comecem a apresentar suas propostas.

PSA e o biodiesel
O Grupo PSA Peugeot Citröen tem longo histórico de envolvimento com o biodiesel no Brasil.

Em parceria com o Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas (o Ladetel) da Universidade de São Paulo, a montadora mantém há vários anos o Projeto Biodiesel Brasil que faz testes de longa duração sobre o uso de biodiesel em motores de carros de passeio. No ano passado, a iniciativa começou a testar também diesel renovável feito com cana-de-açúcar.

Como parte do Projeto, durante o Salão do Automóvel de São Paulo de 2004, a PSA já apresentava no país carros aptos a rodar com misturas bem maiores do que as permitidas no Brasil.

Em junho desse ano, a montadora trouxe para o Rio+20 veículos híbridos, com motor a diesel e elétrico, com combustível composto por 70% de diesel comum e 30% de biodiesel.

Patrícia Herman – BiodieselBR.com