Lula inaugura nova sede da Embrapa em Campinas (SP)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugura, no próximo dia 4, a nova sede da Embrapa Monitoramento por Satélite, em Campinas (SP). A unidade custou cerca de R$ 2 milhões e a transferência para um prédio mais amplo vai proporcionar o desenvolvimento de novos projetos em agroenergia.
De acordo com o chefe-geral da unidade, Evaristo Eduardo de Miranda, entre as novidades está um sistema de monitoramento de toda a infra-estrutura de agroenergia do País. "Com o sistema, o interessado poderá consultar e ver os problemas de logística conforme o local que o interessa. Pode saber, por exemplo, quantas usinas de açúcar e álcool o País possui, quais fazem co-geração de energia elétrica, entre outras informações", explicou Miranda.
Além disso, a Embrapa Monitoramento por Satélite pretende ainda ampliar a capacitação de prefeituras para o gerenciamento territorial dos municípios, projeto que já foi feito em cidades paulistas como Holambra (SP) e Jaguariúna (SP) e deve ser ampliado para Campinas (SP) e Araras (SP). "Com mais espaço, queremos ter um centro de treinamento de gestão que é utilizado também entidades parceiras, como Abag e Abiove", disse Miranda.
O centro já cuida da gestão territorial da agricultura, monitora a dinâmica geográfica das culturas, da pecuária e das florestas no território nacional. Acompanha e mapeia ainda a infra-estrutura agrícola e a expansão da agroenergia, além de colaborar com empresas privadas, cadeias do agronegócio e órgãos públicos no planejamento e governança territorial.
Capacidade Operacional As novas instalações da Embrapa Monitoramento por Satélite têm 6,5 mil metros quadrados, foram construídas em terreno cedido pelo Exército, vão ampliar e melhorar a capacidade operacional da unidade. Atualmente, a sede dispõe de um espaço alugado na cidade paulista de apenas de 1 mil metros quadrados, na qual já funcionam dois laboratórios e uma mapoteca. O quadro técnico atual é formado por 48 funcionários, sendo 13 pesquisadores com doutorado e quatro com mestrado. De acordo com a Embrapa, com as novas instalações, será possível ampliar a equipe e sua atuação.
No novo centro da Embrapa haverá uma biblioteca especializada e três novos laboratórios: um de recepção de dados de satélite, um de pesquisas sobre biodiversidade em áreas agrícolas e um de geomática aplicada à governança territorial. Esse laboratório desenvolverá projetos para apoiar as políticas públicas, em colaboração com universidades e instituições internacionais. A unidade vai dispor ainda de locais para treinamento de bolsistas, estagiários e técnicos de outras instituições públicas privadas, além de um espaço operacional para projetos em parceria com empresas do setor de etanol e biodiesel, em colaboração com a Embrapa Agroenergia.
O Centro é a única unidade de pesquisa da Embrapa criada por determinação da Presidência da República, em 1989. Mantém até hoje o vínculo operacional com o Palácio do Planalto em projetos estratégicos, principalmente com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O GSI terá de um gabinete operacional no local onde é desenvolvido um projeto de gestão territorial da infra-estrutura crítica da agroenergia, além de outros em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia e o Exército. Um programa de treinamento de oficiais do Exército em tratamento digital de imagens orbitais e geoprocessamento entrará em operação neste ano.
GUSTAVO PORTO