PUBLICIDADE
CREMER2024 CREMER2024
União Europeia

UE vota pela proibição da venda de carros a gasolina e diesel


Agência Ansa - 09 jun 2022 - 09:42

O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira (8) uma proposta da Comissão Europeia que prevê a proibição das vendas de veículos novos com motores a combustão, a partir de 2035, no continente.

Durante sessão plenária em Estrasburgo, o plano inserido no chamado "Pacto Verde", que visa a neutralidade de carbono em 2050, recebeu 339 votos a favor, 249 contra e 24 abstenções.

A iniciativa ainda precisa ser negociada com os Estados-membros da UE, mas os eurodeputados apoiaram um caminho para reduzir as emissões das frotas de utilitários de 15% em 2025 em relação a 2021, 55% em 2030 e 100% em 2035, enquanto a redução exigida para vans no final da década é de 50%.

Os países da UE devem discutir sua posição sobre a descarbonização da indústria automotiva no Conselho de Ministros do Meio Ambiente, previsto para ser realizado em 29 de junho em Luxemburgo.

No entanto, a aprovação da proposta é vista como uma ameaça para a indústria automotiva na Europa e uma rápida transição para o uso de modelos totalmente elétricos.

"Existem 70 mil empregos em risco na indústria automotiva, ligados à produção de componentes que não serão utilizados para a elétrica", alertou o diretor da Associação Nacional da Indústria Automotiva (Anfia), Gianmarco Giorda, após o aval.

Segundo Giorda, "o carro elétrico não é capaz de compensar a perda de vagas de trabalho". "Não basta construir estações de carregamento ou outros componentes. São necessárias ações para trazer para a Itália partes da cadeia de suprimentos ligadas à produção de baterias para carros elétricos", acrescentou.

Para o diretor da Anfia, o uso do hidrogênio "é uma tecnologia, pode ser uma oportunidade, mas no momento é apenas um nicho".

A votação sobre o dióxido de carbono dos veículos é apenas uma pequena parte do pacote legislativo chamado "Fit for 55" para reduzir as emissões de CO2 da UE em pelo menos 55% até 2030 em comparação a 1990 e alcançar a neutralidade climática até 2050.