Biden reduz mandatos para biocombustíveis
No primeiro ano de gestão de Joe Biden, a Agência de Proteção Ambiental americana (EPA, na sigla em inglês) reduziu os mandatos de mistura de biocombustíveis aos fósseis retroativo a 2020 e para este ano, e propôs mandatos considerados tímidos pelos produtores para 2022.
Com a revisão, diminui a pressão para que as refinarias comprem créditos de biocombustíveis (os RINs) no mercado. A decisão é uma forma de tentar conter a inflação, já que os preços dos renováveis estão mais elevados que os fósseis.
No que se refere a 2020, a EPA decidiu rever o mandato originalmente estabelecido em 20,1 bilhões de galões para 17,1 bilhões. Para 2021, o volume ficou em 18,52 bilhões de galões. Já para 2022, o órgão indicou uma retomada do avanço do Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS) e determinou um mandato de mistura de 20,8 bilhões de litros de renováveis.
Para os biocombustíveis avançados - entre os quais o etanol de cana brasileiro -, o mandato de 2020 foi reduzido para 4,63 bilhões de galões, mas para este ano houve elevação para 5,2 bilhões de galões e. para 2022, o volume obrigatório é de 5,77 bilhões de galões.
Para compensar as reduções dos mandatos em geral, a EPA propôs não aceitar os pedidos de isenção do cumprimento dos mandatos feitos pelas refinarias referentes aos anos de 2019 e 2020.
Por fim, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou US$ 700 milhões a produtores pelos prejuízos causados pela pandemia e US$ 100 milhões para aumentar a venda de misturas mais elevadas com etanol e biodiesel.
Camila Souza Ramos – Valor Econômico
