Sudam vai colocar R$ 576 mi em projeto de palma da PBio e Galp

“Um projeto de desenvolvimento com inclusão social, que se enquadra perfeitamente no discurso e no objetivo da Sudam”. Assim definiu o superintendente da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Djalma Mello, o Projeto Belém Bioenergia Brasil. Desenvolvido por uma parceria entre a Petrobrás Biocombustível e a Galp, o projeto visa abastecer o mercado ibérico de biocombustível derivado do dendê.
A Sudam vai mobilizar R$ 576 milhões em recursos do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) para a execução o projeto. A diretoria colegiada do órgão aprovou o financiamento no último dia 26, e a assinatura ocorreu na manhã desta terça-feira (01). A cerimônia contou com a presença do superintendente Djalma Mello, do presidente da Petrobras Biocombustível, Alberto Fontes, e do presidente da Galp, Ricardo Peixoto.
O FDA vai destinar recursos para a produção de óleo vegetal à Petrobras, que elegeu como agente operador do projeto o Banco do Brasil. Dos 60 mil hectares de área plantada, serão destinados seis mil à agricultura familiar e mais seis mil à parceria empresarial (médios e grandes produtores). A estimativa é gerar 7.500 empregos diretos.
A produção total prevista é de 335 mil toneladas anuais de óleo de palma em três polos agroindustriais, nos municípios de Tailândia e Tomé-Açu e, ainda, um terceiro a ser definido, no Estado do Pará. Parte do óleo será usada na produção de biodiesel em Portugal, onde será instalada uma usina com capacidade de 270 mil toneladas anuais. O projeto tem um investimento total de R$1,3 bilhão.
Os agricultores familiares são a principal força de trabalho utilizada nessa atividade, segundo dados do projeto. Na primeira etapa, 320 famílias já estão sendo beneficiadas, em 3.200 ha plantados. Ao final, serão 600 famílias com o plantio de seis mil ha.
Oitenta por cento do projeto são de plantio próprio, com áreas arrendadas com contratos de longo prazo (cinco anos). O prazo de implantação e produção plena do projeto é de 2010 a 2021. Atualmente, a empresa já tem plantado dois milhões de mudas da palma em Tailândia e Tomé-Açu.
O superintendente Djalma Mello afirmou que o empreendimento é fundamental para aumentar o PIB regional e intermediou junto ao Banco da Amazônia para buscar a parceria para alavancar uma terceira fonte de fomento, pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).
O presidente da Petrobrás Biocombustível, Alberto Fontes, ressaltou que o projeto terá uma unidade industrial em Portugal, que abastecerá ainda parte da Espanha com óleo de palma do Estado do Pará. “Este é um projeto de grande importância para o desenvolvimento regional e social e que também estimula o empresariado local. E a parceria com a Sudam é fundamental para torná-lo irreversível. É uma grande vitória”, comemorou ele.
O presidente da Galp, Ricardo Peixoto, afirmou que o grupo está trabalhando com os fundos da União Europeia para trazer recursos para o Brasil e afirmou que a perspectiva, nos próximos três anos, é de “um crescimento brutal”. Afirmou, ainda, que será instalado um centro de pesquisa para dar suporte ao trabalho da empresa.
Com adaptação BiodieselBR.com