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Liminar impede que credores vendam unidades da Agrenco


BiodieselBR.com - 16 abr 2013 - 09:21 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53
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A Agrenco, trading de commodities que está em recuperação judicial desde 2008, informou hoje à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que os credores da empresa estão proibidos de executar medidas de expropriação patrimonial. A decisão foi tomada no dia 12 de abril.

Isso significa que a empresa vai manter as unidades de Alto Araguaia (MT) e Caarapó (MS) em funcionamento.

“O Juízo da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais decidiu liminarmente que os credores beneficiados com garantias fiduciárias, compartilhamento de garantias e opções de compra estão proibidos de executar ou implementar medidas de expropriação patrimonial dos ativos da subsidiária brasileira Agrenco Bioenergia, bem como de qualquer outra empresa do grupo”, diz a empresa no comunicado.

“Esta decisão é extremamente importante, eis que os Complexos Industriais de Alto Araguaia e Caarapó estão protegidos, judicialmente, de qualquer alienação, o que garantirá a apresentação de um novo plano de recuperação judicial que atenda aos interesses de todos”.

Em 27 de março, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) suspendeu o plano de recuperação judicial da Agrenco, que previa a venda das unidades de Caarapó e Alto Araguaia. Na ocasião, o juiz deu à companhia, que deve aos credores cerca de R$ 1,5 bilhão, 30 dias para apresentar um novo plano de recuperação antes de ter a falência decretada.

Segundo a advogada da Agrenco, Lucia Figueiredo, a trading não quer vender as unidades, consideradas essenciais para o funcionamento da empresa. "A empresa está com tudo em dia, totalmente viável e funcionando", disse a advogada, na ocasião.

No comunicado de hoje, a Agrenco reitera que a venda dessas unidades é “evidentemente contrária aos interesses da efetiva recuperação da empresa”.

Fernanda Pressinott – Valor Econômico