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Com incertezas da política de Trump, Caramuru acelera esmagamento de soja


Globo Rural - 23 mai 2025 - 08:42

As incertezas causadas pela política do governo Trump contribuíram para pressionar as cotações internacionais do óleo de soja e diante desse cenário, a Caramuru Alimentos decidiu acelerar o esmagamento nos primeiros meses do ano.

“Se a gente achar que o preço vai ficar mais negativo à frente, antecipa o esmagamento. É o que estamos fazendo este ano”, afirmou Marcus Thieme, CEO da Caramuru Alimentos, durante o evento AgroForum Cuiabá, realizado pelo BTG Pactual.

O executivo acrescentou ao cenário de incertezas a política dos Estados Unidos para biodiesel. Neste mês, o governo americano anunciou que deve liberar a importação de óleos vegetais de destinos como China e Canadá. O país também revisou a meta de produção de biodiesel em 2026 para 4,6 bilhões de galões, quase 650 milhões de galões abaixo da estimativa anterior. As notícias ajudaram a pressionar as cotações na bolsa de Chicago.

Em relação ao mercado brasileiro de biodiesel, o executivo observou que os preços do óleo de soja baixaram nos últimos meses, o que deve contribuir para o governo repensar o aumento da mistura no diesel de 14% para 15%.

A Caramuru processa 2,1 milhões de toneladas de soja por ano e exporta em torno de 40% da sua produção. Thieme lembrou que a empresa investe atualmente no terminal 39, do porto de Santos, junto com a Rumo, para dobrar a capacidade de movimentação nos próximos quatro anos, de 7 milhões para 14 milhões de toneladas de produtos por ano.

A companhia também investe em conjunto com a 3Tentos no terminal rodo-hidroviário de Mirituba (PA), nova rota para escoamento de farelo de soja, grãos e DDG (grãos secos de destilaria) no Arco Norte. Thieme disse que o embarque de Proteína Concentrada de Soja (SPC) pelo porto de Santana (AP) em vez do porto de Santos (SP) reduz em 20% o custo de transporte do produto para a Noruega.

A empresa investe ainda na instalação de uma planta de etanol de milho em Nova Ubiratã (MT), em parceria com a Biocen - Bioenergia Celeiro do Norte, com capacidade de produção de 280 milhões de litros de etanol por ano e 175 mil toneladas de DDG.

Cibelle Bouças – Globo Rural