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Negócio

Petróleo sobe com força com estoques baixos e demanda em alta


Exame - 02 jun 2025 - 08:54

Os preços do petróleo subiram cerca de 3% nesta segunda-feira, 2, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) decidir manter o ritmo de aumento na produção para julho. O grupo anunciou que seguirá com a elevação de 411 mil barris por dia, mesmo volume dos dois meses anteriores.

Com a decisão, o Brent avançou US$ 1,74 (2,77%), sendo negociado a US$ 64,52 o barril. Já o WTI (referência dos EUA) subiu US$ 1,94 (3,19%), cotado a US$ 62,73. Ambos os contratos haviam registrado queda superior a 1% na semana passada.

De acordo com a Reuters, o grupo considerou um aumento ainda maior na produção. Entretanto, analistas apontaram que o volume divulgado já estava precificado no mercado.

“Se tivessem optado por um valor surpresa maior, a abertura dos preços nesta segunda-feira teria sido bastante feia”, afirmou Harry Tchilinguirian, da Onyx Capital Group.

A decisão da Opep+ também refletiu o cenário interno entre seus membros.

Na última semana, o Cazaquistão informou que não pretendia cortar sua produção de petróleo, segundo agência russa Interfax. “Dadas as circunstâncias de perda de participação de mercado e a quase sincera admissão do Cazaquistão de que não cortaria a produção, parece haver pouca escolha”, afirmou John Evans, da PVM, à Reuters.

O Goldman Sachs está projetando que o grupo deve fazer um último aumento de 410 mil barris por dia em agosto.

“Fundamentos relativamente apertados do mercado de petróleo, dados globais mais fortes do que o esperado e o suporte sazonal à demanda no verão sugerem que a esperada desaceleração na demanda provavelmente não será forte o suficiente para impedir novos aumentos de produção quando forem decidir os níveis de agosto, em 6 de julho”, segundo nota divulgada dos especialistas do banco.

Nos Estados Unidos, os baixos estoques de combustível estão gerando preocupação, especialmente com a aproximação de uma temporada de furacões que promete ser intensa. Além disso, o consumo de gasolina disparou com o início da temporada de viagens.

“O mais encorajador foi um enorme salto na demanda implícita por gasolina”, disseram analistas do ANZ, acrescentando que o ganho de quase 1 milhão de barris por dia foi o terceiro maior aumento semanal nos últimos três anos.

Estela Marconi – Exame