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Política

CNPE discute manutenção do B10 durante o começo de 2023


BiodieselBR.com - 21 nov 2022 - 15:04

Quase ao apagar das luzes do governo Bolsonaro, o setor de biodiesel pode ser alvo de mais um golpe. Está marcada para tarde de hoje (21) a 6ª reunião extraordinária deste ano do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) na qual pode ficar decidida a prorrogação do B10 durante o primeiro trimestre de 2023.

Segundo a pauta da reunião a qual a reportagem de BiodieselBR.com teve acesso os membros do CNPE vão debater a edição de uma resolução que estabelece como de ‘interesse público’ a manutenção do B10 durante o período de ‘1º de janeiro a 31 de março de 2023’. Esse é um prazo bastante atípico para o setor que costumas ter sua gestão feita em bases bimestrais.

Se for aprovada, essa medida frustraria a esperança das empresas do setor de ver o patamar de mistura avançar para B14 em janeiro e B15 em março. A normalização da demanda havia sido sinalizada ao mercado no começo deste mês pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, que disse que qualquer decisão a respeito da mistura de biodiesel seria tomada ouvindo o governo de transição.

{viewonly=registered,special}Quase ao apagar das luzes do governo Bolsonaro, o setor de biodiesel pode ser alvo de mais um golpe. Está marcada para tarde de hoje (21) a 6ª reunião extraordinária deste ano do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) na qual pode ficar decidida a prorrogação do B10 durante o primeiro trimestre de 2023.

Segundo a pauta da reunião a qual a reportagem de BiodieselBR.com teve acesso os membros do CNPE vão debater a edição de uma resolução que estabelece como de ‘interesse público’ a manutenção do B10 durante o período de ‘1º de janeiro a 31 de março de 2023’. Esse é um prazo bastante atípico para o setor que costumas ter sua gestão feita em bases bimestrais.

Se for aprovada, essa medida frustraria a esperança das empresas do setor de ver o patamar de mistura avançar para B14 em janeiro e B15 em março. A normalização da demanda havia sido sinalizada ao mercado no começo deste mês pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, que disse que qualquer decisão a respeito da mistura de biodiesel seria tomada ouvindo o governo de transição.

A mistura de biodiesel vem sendo mantida abaixo do patamar legal desde maio de 2021 – com exceção de setembro e outubro do ano passado quando o mercado usou B12, a mistura no restante do período foi B10. Se o CNPE seguir em frente com a decisão e ela não foi revista num futuro governo Lula, o mercado completaria praticamente dois anos de mistura reduzida.

Igualdade de condições

A manutenção do B10 não é o único item no pacote de maldades. A pauta também inclui um segundo item: a possibilidade de que biocombustíveis fabricados por outras rotas tecnológica participe da mistura obrigatória em ‘igualdade de condições’ com o biodiesel.

Não está claro que ‘outras rotas’ seriam essas, mas pode ser tanto o diesel verde que se encontra especificado pela ANP desde maio do ano passado quanto a abertura de uma brecha para a que Petrobras passe vender seu diesel coprocessado no mercado obrigatório.

A longo dos últimos meses, a petroleira nacional vem dando sinais de interesse nesse mercado. Em maio, BiodieselBR.com apurou que a estatal tem planos de instalar até 1,35 milhão de m³ em capacidade de produção de diesel de biomassa. Seria uma biorrefinaria capaz de fabricar entre 255 e 510 mil m³ de óleo vegetal hidrotratado (HVO) e mais 840 mil m³ de diesel coprocessado a partir das refinarias Presidente Getúlio Vargas (Repar), Presidente Bernardes e Paulínia.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com