Scania vai investir R$ 2 bilhões para fabricar veículos com menor pegada de carbono
A Scania informou nesta sexta-feira (21) que fará um novo ciclo de investimentos no Brasil. Ao todo, a montadora de origem sueca vai colocar R$ 2 bilhões ao longo dos próximos três anos para ampliar a oferta de veículos com menor pegada de carbono a partir de seu complexo industrial em São Bernardo do Campo (SP). O anúncio foi feito durante uma reunião do vice-presidente da República e ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.
O aporte inicial no valor de R$ 60 milhões que abre esse novo ciclo – que se à rodada de R$ 1,4 bi que foi realizada entre 2021 e 2024 – vai preparar a planta paulista para fabricar chassis para ônibus elétricos. A fábrica do Brasil será a terceira unidade global do grupo a produzir veículos elétricos. “São poucas adequações na linha, basicamente mudanças na pré-montagem, que envolve o sistema de resfriamento e de alta tensão, e da pré-montagem da estrutura que vai sustentar as baterias no lugar do motor”, explicou a engenheira de processos industriais Isabelle Diniz, responsável pelo projeto da nova linha.
Estes ônibus são do modelo 4 x 2, têm 12 metros de comprimento e são alimentados por até 5 Pacotes de Baterias. Com a absorção da nova tecnologia, a previsão é manter o nível de produção atual, com 11 chassis fabricados diariamente – sendo destes, três eletrificados. Os chassis de ônibus elétrico a serem ofertados ao mercado brasileiro serão os mesmos fabricados e comercializados atualmente na Europa – produzidos na unidade Scania localizada na Polônia.
Os novos recursos anunciados também darão continuidade a outros projetos da empresa com foco na descarbonização dos motores à combustão com o uso de gás, biometano e biodiesel puro.
Segundo o presidente e CEO da Operação Industrial da Scania, Christopher Podgorski, a variedade de rotas contribui para acelerar a descarbonização do ecossistema de transportes. “O inimigo único e comum a todos é o carbono. Para abatê-lo, considerando um país de dimensão territorial como o Brasil, seu tamanho de frota e matriz energética, é fundamental abraçar múltiplas tecnologias”, complementa.
O vice-presidente Alckmin ressaltou que a empresa cumpre os principais requisitos da Nova Indústria Brasileira (NIB). “Nós estamos aqui, na ponta, na vanguarda da inovação, da tecnologia, numa indústria sustentável, verde, que lidera a descarbonização, com veículos elétricos, a gás e com biodiesel. Trata-se de uma empresa altamente competitiva, que faz 115 caminhões pesados e ônibus por dia; e exportadora, que atende a América Latina e até outros continentes”, afirmou.
Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com
Com informações da Scania e MDIC