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Política e infraestrutura: os desafios dos ônibus elétricos no Brasil


epbr - 15 jun 2023 - 10:19

A Mercedes-Benz lançou este ano o primeiro chassi de ônibus elétrico totalmente desenvolvido e fabricado no Brasil. A aposta da montadora alemã é que a eletrificação por aqui ocorrerá por nichos, impulsionada pelo transporte coletivo nas cidades.

Com autonomia de até 250 quilômetros, os novos veículos foram produzidos sob encomenda para a cidade de São Paulo (SP), que a partir de 2024 terá uma frota de 2,6 mil ônibus elétricos no transporte público.

O objetivo é cortar emissões. Atualmente, cerca de um terço das emissões de gases de efeito estufa (GEE) oriundas de transportes movidos a diesel, nas cidades, tem os ônibus municipais como uma das principais fontes.

Outras cidades brasileiras também estão olhando para a alternativa em suas estratégias climáticas. A velocidade dessa transição, no entanto, depende de uma política nacional.

Em entrevista à agência epbr, o gerente de desenvolvimento de negócios para e-Mobility na Mercedes-Benz Caminhões e Ônibus, Mike Munhato, conta que a substituição da frota vem acompanhada de melhorias na qualidade da prestação do serviço público e do ar, mas ainda não é possível afirmar que é uma mobilidade mais barata.

“É preciso um empenho das prefeituras e outros agentes para viabilizar o financiamento desse negócio”.

Entre as demandas do setor para que a eletrificação ganhe escala e se torne realidade está a definição de metas mais claras pelo governo em termos de infraestrutura e para todo o território nacional.

“A tecnologia do veículo é uma responsabilidade nossa e vai acontecer, só que depende muito de infraestrutura para ganhar escala”, defende Munhato.

“Não adianta cada cidade pensar no seu. Seria interessante que o governo federal tratasse o assunto com mais clareza e colocasse metas para isso acontecer”.