USDA projeta safra de soja do Brasil em 156 milhões de toneladas
A safra brasileira de soja no ciclo 2023/24 deve ofertar uma produção de 156 milhões de toneladas, de acordo com estimativa divulgada nesta quinta-feira (08/02), pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em seu relatório mensal de oferta e demanda de grãos.
O dado frustrou a expectativa de agentes de mercado, que apostavam em uma produção de 153 milhões de toneladas, diante dos problemas com a seca enfrentados por produtores brasileiros durante todo o ciclo da soja. O número é também maior que o divulgado nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab): 149,4 milhões de toneladas. Em janeiro, o USDA estimou uma colheita no país de 157 milhões de toneladas.
Para a produção da Argentina, o órgão manteve as 50 milhões de toneladas do último relatório, número que ficou abaixo das estimativas de mercado, de 50,8 milhões de toneladas.
Sobre a produção americana, que tem grande peso para as cotações na bolsa de Chicago, não houve mudanças na produção, que ficou em 113,34 milhões de toneladas. Já a perspectiva para as exportações do país caíram 1,99%, para 46,81 milhões de toneladas. Com efeito, a previsão para os estoques no país ao final da safra cresceram 12,47%, para 8,57 milhões de toneladas.
Diante de poucos ajustes para as safras de Brasil e Argentina, e ainda um aumento expressivo nos estoques dos EUA, o contrato de soja para março na bolsa de Chicago, passou a operar perto da estabilidade, cotado a US$ 11,88 o bushel.
O Departamento de Agricultura americano promoveu ajustes marginais para a safra global de soja em 2023/24. A expectativa aumentou 0,19% em relação ao mês passado, para 398,21 milhões de toneladas.
Para a demanda, houve um corte de 0,16% nas projeções, para 383,03 milhões de toneladas. Uma redução de 0,22% foi apontada para as exportações globais nesta safra, agora previstas em 170,57 milhões de toneladas. Em relação aos estoques globais, o USDA aumentou sua projeção mensal em 1,25%, para 116,03 milhões de toneladas.
Paulo Santos – Globo Rural
