Pesquisa com microalgas será tema de simpósio
De tempos em tempos a pesquisa com microalgas ganha espaço no imaginário como a bala de prata que tornará possível – de uma vez por todas – os devaneios ambientalistas sobre o mundo pós-petróleo. Por isso, o meio acadêmico global está empenhado numa verdadeira corrida global para ver quem é que vai dominar primeiro essa nova tecnologia. Para acelerar os esforços brasileiros nesse sentido, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) está organizando o 2º Simpósio Brasileiro do Potencial Energético de Microalgas.
Marcado para acontecer entre os dias 28 e 31 de outubro em Natal (RN), o evento pretende nivelar o conhecimento que vem sendo produzido sobre o assunto por diversos grupos de pesquisas espalhados pelo território nacional nesses últimos anos. “Realizamos o primeiro simpósio em 2009 quando a pesquisa com microalgas estava apenas começando aqui no Brasil, desde então vários grupos fizeram avanços em suas pesquisas. A segunda edição surgiu da necessidade de acompanharmos os resultados e discutirmos os principais desafios que temos enfrentado”, explica a bióloga Juliana Espada Lichston que, além de professora do Departamento de Botânica da UFRN, ocupa o posto de presidente do evento.
Em sua primeira edição, o evento atraiu aproximadamente 350 pessoas. Embora não arrisque um número, a expectativa é ter um evento maior esse ano. “A pesquisa nessa área disparou de 2009 para cá. Eu não sei dizer quantos grupos de pesquisa trabalham nesse tema atualmente, mas tem gente no país inteiro”, avalia a pesquisadora. Para ela o evento atrairá um publico bastante diversificado, “além dos pesquisadores, teremos muitos alunos de graduação e de pós que estão interessados no tema, empresários que estão de olho no futuro dessa matéria-prima e representantes do governo”, diz. A programação contará com palestras da Casa Civil (uma apresentação sobre o PNPB feita por José Honório Accarini consta do programa), do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Ministério da Pesca.
Com um maior volume de produção científica e mais maturidade dos pesquisadores que se dedicam à área, pela primeira vez o simpósio vai apresentar painéis com resultados de pesquisa. “Essa é uma área muito recente, não só aqui no Brasil como no mundo inteiro. Na edição passada pouquíssimos grupos tinham resultados maduros o suficiente para serem apresentados”, explica. As inscrições para a apresentação de trabalhos podem ser feitas até a primeira semana de outubro.
Segundo a entrevistada a intenção é tornar o evento bienal e, com isso, garantir a essa área um espaço consistente de intercâmbios.
Piloto
Um dos polos de pesquisa mais bem estabelecidos está justamente na UFRN onde vem sendo desenvolvido um projeto patrocinado pela Petrobras. Em abril passado, esse grupo de pesquisadores se tornou o primeiro no Brasil a desenvolver uma fábrica piloto para a produção de biodiesel a partir de óleos obtidos de microalgas.;
Atualmente a fábrica conta com seis tanques com quatro metros cúbicos de capacidade cada um. Segundo a professora, no ano que vem, serão instalados seis tanques de 20 m³ cada. “Vamos ampliar, e muito, a nossa capacidade”, anima-se.
Ainda serão precisos vários anos até que essas pesquisas pioneiras comecem a apresentar resultados práticos. Embora as pesquisas já não estejam mais engatinhando como há poucos anos, elas ainda andam de forma meio cambaleante. “Avançamos muito, mas ainda não tem ninguém no mundo que tenha conseguido chegar a um processo produtivo 100% fechado. Ainda enfrentamos muitos problemas com contaminação das culturas de microalgas e dosagem dos nutrientes necessários para otimizar a produção entre outros desafios”, elenca.
Serviço:
2º Simpósio Brasileiro do Potencial Energético de Microalgas
Quando: 28 a 31 de outubro
Onde: Natal - RN
Informações: www.algasenergia.com.br
Organização: UFRN
Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com
Marcado para acontecer entre os dias 28 e 31 de outubro em Natal (RN), o evento pretende nivelar o conhecimento que vem sendo produzido sobre o assunto por diversos grupos de pesquisas espalhados pelo território nacional nesses últimos anos. “Realizamos o primeiro simpósio em 2009 quando a pesquisa com microalgas estava apenas começando aqui no Brasil, desde então vários grupos fizeram avanços em suas pesquisas. A segunda edição surgiu da necessidade de acompanharmos os resultados e discutirmos os principais desafios que temos enfrentado”, explica a bióloga Juliana Espada Lichston que, além de professora do Departamento de Botânica da UFRN, ocupa o posto de presidente do evento.
Em sua primeira edição, o evento atraiu aproximadamente 350 pessoas. Embora não arrisque um número, a expectativa é ter um evento maior esse ano. “A pesquisa nessa área disparou de 2009 para cá. Eu não sei dizer quantos grupos de pesquisa trabalham nesse tema atualmente, mas tem gente no país inteiro”, avalia a pesquisadora. Para ela o evento atrairá um publico bastante diversificado, “além dos pesquisadores, teremos muitos alunos de graduação e de pós que estão interessados no tema, empresários que estão de olho no futuro dessa matéria-prima e representantes do governo”, diz. A programação contará com palestras da Casa Civil (uma apresentação sobre o PNPB feita por José Honório Accarini consta do programa), do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Ministério da Pesca.
Com um maior volume de produção científica e mais maturidade dos pesquisadores que se dedicam à área, pela primeira vez o simpósio vai apresentar painéis com resultados de pesquisa. “Essa é uma área muito recente, não só aqui no Brasil como no mundo inteiro. Na edição passada pouquíssimos grupos tinham resultados maduros o suficiente para serem apresentados”, explica. As inscrições para a apresentação de trabalhos podem ser feitas até a primeira semana de outubro.
Segundo a entrevistada a intenção é tornar o evento bienal e, com isso, garantir a essa área um espaço consistente de intercâmbios.
Piloto
Um dos polos de pesquisa mais bem estabelecidos está justamente na UFRN onde vem sendo desenvolvido um projeto patrocinado pela Petrobras. Em abril passado, esse grupo de pesquisadores se tornou o primeiro no Brasil a desenvolver uma fábrica piloto para a produção de biodiesel a partir de óleos obtidos de microalgas.;
Atualmente a fábrica conta com seis tanques com quatro metros cúbicos de capacidade cada um. Segundo a professora, no ano que vem, serão instalados seis tanques de 20 m³ cada. “Vamos ampliar, e muito, a nossa capacidade”, anima-se.
Ainda serão precisos vários anos até que essas pesquisas pioneiras comecem a apresentar resultados práticos. Embora as pesquisas já não estejam mais engatinhando como há poucos anos, elas ainda andam de forma meio cambaleante. “Avançamos muito, mas ainda não tem ninguém no mundo que tenha conseguido chegar a um processo produtivo 100% fechado. Ainda enfrentamos muitos problemas com contaminação das culturas de microalgas e dosagem dos nutrientes necessários para otimizar a produção entre outros desafios”, elenca.
Serviço:
2º Simpósio Brasileiro do Potencial Energético de Microalgas
Quando: 28 a 31 de outubro
Onde: Natal - RN
Informações: www.algasenergia.com.br
Organização: UFRN
Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com