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Embrapa fará evento internacional sobre biorrefinarias em setembro


Assessoria de Imprensa Embrapa - 15 jul 2013 - 18:05

Entre os dias 24 a 26 de setembro em Brasília (DF), a Embrapa Agroenergia vai realizar o II Simpósio Nacional de Biorrefinarias. O evento vai reunir profissionais brasileiros e estrangeiros envolvidos com o desenvolvimento de biorrefinarias – um novo conceito industrial que preconiza o aproveitamento integral da biomassa no processo de produção industrial. Embora, a ideia já esteja sendo aplicadas por algumas cadeias de valor, o tema encerra muitos desafios tecnológicos.

A primeira edição do simpósio aconteceu em setembro de 2011. Entre os atrativos do novo evento está a presença de representantes da Sociedade de Engenharia Química e Biotecnologia da Alemanha (Dechema) que trarão um panorama de como o país europeu está desenvolvendo esse conceito.

O assessor da Dechema, Dieter Miers, diz que a Alemanha iniciou uma corrida por fontes de energia limpas e renováveis, passando também a investir em biorrefinarias. “A comunidade cientifica já estava preocupada com a questão do efeito estufa, da produção racional de energia e do preço alto dos combustíveis fósseis, e, paralelamente, as questões econômicas que tumultuam a Europa fortalecem a bioeconomia”, conta o assessor.

Miers é brasileiro, mas vive na Alemanha desde 1997. Ele se recorda de que, nos últimos três anos, os alemães fecharam usinas nucleares e estabeleceram prazos de encerramento das atividades de outras. Para compensar investimentos têm sido feitos em fontes renováveis, entre as quais a derivada da biomassa.

Em 2012, o diretor-geral da Dechema, Kurt Wagemann, lançou o "Roadmap Bioraffinerien", uma espécie de mapa que, segundo Miers, “visa a organizar as metas do desenvolvimento conceitual das biorrefinarias nas indústrias alemãs”. Atualmente, há usinas operando com beterraba, cereais, girassol, canola e resíduos lignocelulósicos de madeira e cereais. Biocombustíveis, rações e CO2 para a indústria alimentícia estão entre os produtos já obtidos. “Pretende-se avançar e evoluir até as chamadas biorrefinarias de gás de síntese e biogás, mas a disponibilidade de matérias-primas ainda é um entrave”, pondera. 

Cooperação
Para o brasileiro que vive na Alemanha, a colaboração entre os dois países pode contribuir para acelerar o desenvolvimento das biorrefinarias. “A Alemanha quer aprender com os brasileiros”, afirma Miers segundo o qual país é muito bem visto por sua experiência acumulada em energias renováveis.

“Estou convicto de que, em termos energéticos, os biocombustíveis são excelentes alternativas, seja para utilização em aeronaves e automóveis, seja para geração de energia elétrica”, enfatiza Miers, que trabalhou no pioneiro programa brasileiro de etanol – o Proálcool. Ainda como aluno do colégio agrícola de Araquari (SC), participou do projeto piloto que instalou uma das primeiras microdestilarias de etanol do Brasil. Mais tarde, já com a formação de engenheiro agrônomo, atuou no aproveitamento de biomassa, especialmente de bagaço de cana, num projeto de cooperação técnica entre Brasil e Alemanha. 

Dieter acredita que os temas bioenergia e bioeconomia são uma oportunidade para ele associar as experiências que adquiriu no Brasil e na Alemanha. Ele integra a comissão organizadora do II Simpósio Nacional de Biorrefinarias, que tratará de matérias-primas, processos, métodos de análises e potencial econômico de novos produtos.

As inscrições para o evento já estão abertas no site www.snbr2013.com.br. Até 31 de julho, a taxa custa R$ 500,00, com desconto de 50% para estudantes. Empregados da Embrapa e funcionários da Abiquim e da Dechema pagam R$400,00. 

Com adaptações BiodieselBR.com