PUBLICIDADE
CREMER2024 CREMER2024
Biodiesel

Brasgalp: A parceria da Petrobras com Galp para os biocombustíveis


Portugal Digital - 06 mar 2008 - 06:45 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:06

Brasília - O presidente da portuguesa Galp Energia, Ferreira de Oliveira, disse nesta quarta-feira (5) aos jornalistas, em Lisboa, que a empresa lusa já aprovou a constituição da Brasgalp, uma empresa a criar em parceria com a Petrobras, focada na área dos biocombustíveis.

De acordo com Ferreira de Oliveira, a formação da empresa luso-brasileira depende apenas da aprovação da operação por parte da Petrobras.

A produção de biocombustíveis pela Brasgalp deverá começar antes de 2010, estando previsto que as operações sejm iniciadas no próximo ano.

Em 2007, a Galp e a Petrobras firmaram um acordo para a formação de uma "joint-venture", capaz de produzir 600 mil toneladas de biodiesel por ano.

Na quarta-feira, no Rio de Janeiro, o diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Almir Barbassa, anunciou a criação de uma subsidiária voltada para a área de biocombustíveis, mas sem novos sócios na composição acionária. Segundo disse, a nova empresa, que não nomeou, poderá ter sócios apenas nos projetos desenvolvidos.

A expectativa é de que a criação, que terá antes ser aprovada em uma Assembléia Geral Extraordinária da estatal, avance a partir do final de abril.

Almir Barbassa disse que a criação da subsidiária vai permitir que o segmento de biocombustíveis "não se perca" dentro da Petrobras e afirmou que os investimentos de US$ 1,5 bilhão, previstos para o setor entre 2008 e 2012, representam apenas 1% do total dos investimentos da estatal brasileira.

"Se olhar esse valor dentro da indústria de bioenergia, é um bocado de dinheiro, mas se olhar do ponto de vista da Petrobras, é 1%. Então, para que essa atividade não se perca dentro da Petrobras, é muito melhor localizarmos em uma empresa. A empresa vai ser importante no segmento. Já dentro da Petrobras, perde um pouco", disse, citado pela Folha.

"É um ambiente bem diferente. Essa empresa vai tratar com agricultores, tanto produtores de álcool quanto de oleaginosas. Haverá uma estratégia diferente em termos de logística para coletar todas essas oleaginosas. Existe uma especialidade aí que requer essa centralização de esforços", afirmou o diretor financeiro da Petrobras.

Segundo disse, serão agregados à nova empresa os ativos de produção na subsidiária, como usinas de biodiesel e eventuais participações em usinas produtoras de álcool. O alcoolduto que será construído entre Goiás e São Paulo não será transferido à nova companhia."Só será agregada a parte de produção. A comercialização e transporte ficam na diretoria de abastecimento e na Transpetro", esclareceu.