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Negócio

Preço da Petrobras não vai inviabilizar importação, diz Prates


Poder 360 - 18 mai 2023 - 08:34

A nova estratégia de precificação da Petrobras não vai inviabilizar a importação de combustíveis para suprir a demanda nacional, afirmou o presidente da estatal, Jean Paul Prates, nesta quarta-feira (17).

“Eles [os importadores] vão entrar no nicho de oportunidade que tiverem que entrar. Quem absorve esse processo é tanto a Petrobras quanto as distribuidoras“, afirmou em entrevista à GloboNews.

Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), até março de 2023, as importações representavam 25,5% do mercado de diesel. A dependência externa para a gasolina e o GLP (gás liquefeito de petróleo), por sua vez, é de 12,6% e 18,5%.

A Petrobras deu fim do PPI (Preço de Paridade de Importação) na 3ª feira (16.mai), depois de 6 anos. A política de preços equiparava os valores praticados pela Petrobras no mercado interno aos de importação, considerando os custos logísticos de trazer o insumo ao Brasil. Na prática, isso deu competitividade aos importadores.

Com a mudança, a avaliação do mercado é que a atividade de importação deixe de ser atrativa e isso leve a uma maior concentração nesse segmento.

Segundo Prates, como há dependência externa, uma parcela do mercado continuará sendo atendida por importações. “Ele [o importador] não vai perder a oportunidade de vender aqui e o preço [da Petrobras] não vai estar tão distante que o torne inviável, que ele vá quebrar, ele não vai quebrar“, declarou.

No longo prazo, a Petrobras planeja expandir seu parque de refino para reduzir a dependência de importações. Prates afirmou que a estatal tem “duas Reducs” em capacidade, com obras de ampliação das unidades existentes. A Reduc (Refinaria Duque de Caxias) fica no Rio de Janeiro e pode processar 239 mil barris de petróleo por dia.

Lais Carregosa – Poder 360