Soja avança em Chicago, mas preço segue sem direção definida

A soja se valorizou na bolsa de Chicago nesta segunda-feira (29), mas os preços ainda devem ficar “de lado” no curto prazo, enquanto agentes de mercado aguardam novidades nos fundamentos. Os contratos da soja que vencem em julho avançaram 0,40%, cotados a US$ 11,82 o bushel.

“No momento, não há fatores fundamentais para os preços subirem tanto. Por outro lado, ainda é cedo para a soja cair a patamares muito abaixo dos atuais, pois estamos no início do plantio nos EUA, e a recomposição hídrica dos solos em algumas regiões pode provocar um leve atraso na semeadura”, afirma Ismael Menezes, sócio da MD Commodities.

De acordo com ele, as atenções do mercado estão no desenrolar do plantio em solos americanos. Os agentes vão esperar o andamento da safra no país para então definir qual será o rumo das cotações.

“Se os modelos climáticos confirmarem as previsões de chuva esperada para os próximos dias, poderemos ver uma pressão de queda maior na soja”, pontua Menezes.

Por fim, a soja subiu na esteira do farelo, que avançou no mercado internacional após a notícia de que as indústrias processadoras de soja na Argentina entraram em greve. A paralisação seria um protesto contra um projeto de reforma trabalhista apoiado pelo presidente argentino Javier Milei. A greve tem um peso importante para o mercado, já que Argentina é o principal exportador de farelo do mundo.