Shell abandona projeto de usina de biocombustíveis na Holanda
A Shell não retomará a construção de uma usina de biocombustíveis em Roterdã com o mercado global para o combustível enfrentando uma queda que dura anos.
A petrolífera britânica disse nesta quarta-feira (03) que realizou uma avaliação comercial e técnica e considerou o projeto não mais competitivo.
“Ficou claro que o projeto seria insuficientemente competitivo para atender à necessidade de nossos clientes por produtos acessíveis e de baixo carbono”, disse Machteld de Haan, presidente da divisão de refino, renováveis e energia da Shell.
A Shell registrou uma baixa contábil de US$ 780 milhões quando pausou temporariamente os trabalhos de construção no local do parque de energia e produtos químicos, que se esperava ser um dos maiores da Europa, em julho de 2024.
A empresa iniciou o projeto em 2022 e deu sinal verde um ano antes.
Antes da interrupção da construção, a expectativa era de que a instalação de biocombustíveis de Roterdã produzisse 820 mil toneladas de combustível de aviação sustentável e diesel renovável a partir de resíduos.
A decisão ocorre depois que a rival da Shell, a BP, interrompeu dois projetos de biocombustíveis e reduziu os planos para outros no ano passado, em meio à crescente concorrência de novas importações, particularmente da China.
As decisões da Suécia e da Finlândia de reduzir o limite mínimo para a concentração de combustível renovável em combustíveis ou óleo de aquecimento também contribuíram para o excesso de oferta de biocombustíveis.
A Shell disse que investiu 6,5 bilhões de euros em projetos de transição energética na Holanda nos últimos anos, incluindo uma usina de hidrogênio renovável e um projeto de armazenamento de dióxido de carbono.