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Bioquerosene

MCTI vai ouvir ideias sobre biocombustível de aviação


Assessoria MCTI - 14 set 2012 - 16:39 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53
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O ministro Marco Antonio Raupp avalia que o país tem muito a contribuir na “longa jornada” de substituição do combustível convencional por soluções sustentáveis. Ao participar nesta terça-feira (11), em Brasília, do painel de abertura da Conferência sobre Biocombustíveis para Aviação no Brasil, ele colocou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) à disposição para receber propostas de novas opções na área.

Para o titular do MCTI, um volume significativo de iniciativas pode surgir a partir do evento, organizado em parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/Mapa), a Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. (Embraer), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a multinacional Boeing.

“Temos aqui três comunidades: a da pesquisa agropecuária, a da indústria aeronáutica e a de ciência e tecnologia”, disse Raupp. “Temos grandes expectativas com relação ao que vocês podem contribuir, ao sugerir políticas para o governo federal. Uma vez que surjam as ideias, as propostas, tenham certeza de que o MCTI estará aqui ao lado de vocês.”

O ministro mencionou o envolvimento da pasta com o setor, por meio de linhas de crédito e subvenção econômica da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI). Desde 2006, a agência apoiou quatro iniciativas que ligam biocombustível à aviação, como motores flex e querosene a partir de biomassa.

Além disso, o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social supervisionada pelo MCTI, lançou em 2010 o documento Biocombustíveis Aeronáuticos – Progressos e Desafios. Segundo o presidente do centro, Mariano Laplane, a análise explorou alternativas ao uso de combustíveis fósseis no setor aeronáutico, com a abordagem das condições técnicas para a substituição do querosene por energias renováveis.

Ações de impacto
Laplane disse esperar que as articulações da conferência ajudem a colocar em prática ações de grande impacto econômico e ambiental: “É um passo muito significativo adiante, porque passa da identificação de uma oportunidade para a sua materialização por meio da associação da capacidade de pesquisa que a Embrapa tem com os conhecimentos de grandes fabricantes de aviões”.

Na avaliação do presidente da estatal agropecuária, Pedro Arraes, o evento pode ajudar a desenhar um arranjo de pesquisa para suprir a demanda crescente do setor. “Queremos juntar as competências, estejam elas nas universidades ou dentro da própria Embrapa, e começar a montar projetos em rede que possam efetivamente alavancar os conhecimentos nesta área”, afirmou.

O evento, na sede da Embrapa, segue até sexta-feira (14), com dirigentes do governo, pesquisadores e representantes do setor privado nacional e internacional.