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Energia

RS quer investimentos em energia


Valor Econômico - 10 abr 2007 - 07:30 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:23

O Rio Grande do Sul lançou ontem um programa para atrair novos investimentos em geração de energia e produção de combustíveis renováveis, incluindo pequenas centrais hidrelétricas, usinas eólicas, térmicas a biomassa, além de biodiesel e etanol. Denominado "RS Energia", o projeto não terá recursos do governo do Estado, que passa por séria crise financeira, mas pretende aproximar investidores, instituições financeiras e empreendedores do setor.

Segundo o secretário do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Nelson Proença, o programa já conseguiu disponibilizar US$ 1 bilhão de fontes como o Banco Nacional de Desenvolvimento Internacional (BNDES), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Petros, ABNAmro e UBS Pactual. Os recursos poderão ser utilizados para financiamento ou participação societária nos empreendimentos.

O governo trabalha com um cenário de R$ 13,3 bilhões em investimentos potenciais até 2020 para o Estado atingir a auto-suficiência energética e participar com 20% da produção nacional de biodiesel. Deste total, R$ 11,18 bilhões iriam para a construção de 45 usinas térmicas e hídricas e parques eólicos com potência de 5.340 megawatts (MW). O restante iria para 12 plantas para 960 milhões de litros de etanol por ano e outras nove com capacidade para 900 milhões de litros anuais de etanol (além de quatro já em implantação).

A recepção dos projetos será feita pela agência de fomento estadual Caixa RS, que também apoiará os procedimentos de licenciamento ambiental e os processos para a venda de créditos de carbono. O governo dará ainda incentivos fiscais para a compra e fabricação de equipamentos no Estado. Conforme a presidente da Caixa, Suzana Kakuta, uma proposta encaminhada por 40 produtores de cana no noroeste do Estado prevê a elaboração de 600 milhões de litros de etanol por ano, com investimento de R$ 150 milhões.

Os primeiros projetos enquadrados no "RS Energia" já foram assinados ontem e incluem duas pequenas centrais hidrelétricas da gaúcha Hidrotérmica, do grupo Bolognesi. As PCHs somam potência instalada de 54 MW, investimentos de R$ 227 milhões e devem operar até dezembro, disse o diretor da empresa, Ricardo Pigatto.

Sérgio Bueno