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Energia

Potencial da Bioenergia Brasileira é Destaque em Congresso Internacional no Paraná


Assessoria - 06 jun 2007 - 09:36 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:23

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) ressalta que existe hoje uma tendência de substituição gradativa de combustíveis fósseis por fontes renováveis de bioenergia. Segundo a Organização, tal fato seria proveniente da crescente preocupação mundial em relação aos impactos ambientais causados pela utilização dos combustíveis fósseis, bem como da percepção dos governos acerca dos riscos da dependência exclusiva do petróleo.

A biomassa é responsável hoje por cerca de 20% da geração de energia no Brasil. Florestas plantadas representam uma importante alternativa para produção de matéria-prima destinada à geração de energia. Os resíduos agrícolas são outra importante fonte de matéria prima  na substituição de combustíveis fósseis poluidores.
 
O Brasil, em especial, se destaca como um dos principais paises potenciais para o rápido desenvolvimento de fontes energéticas renováveis e limpas. Nos Estados Unidos, por exemplo,  o etanol produzido a partir de milho contém somente 57% da energia consumida no processo, enquanto o setor sucro-alcooleiro brasileiro produz 9,2 unidades de energia renovável para cada unidade de energia fóssil introduzida no processo.
 
Entre os motivos para números tão favoráveis está o fato de serem desenvolvidos no Brasil processos que tornaram as plantas auto-suficientes energeticamente e otimizaram todas as etapas de produção das usinas. Esse trabalho de décadas coloca o País como líder mundial nesse setor e como fornecedor prioritário de etanol e madeira energética para o mundo.

Entretanto, estima-se que apenas 45% de toda matéria prima utilizada pela indústria de base florestal é transformada em produto comercial. Aproximadamente 20 milhões de toneladas de resíduos florestais no Brasil, somente em serrarias, não têm aproveitamento racional ou econômico, sem citar outras culturas.

Com o propósito de  apresentar novas alternativas de produção de energia acontece, em Curitiba, no período de 12 a 14 de junho,  o II Congresso Internacional de Bioenergia. O evento pretende ser o principal fórum de discussões sobre o aproveitamento racional de resíduos, tendo em vista o grande volume  produzido pelas indústrias de base florestal, agricultura, açúcar e álcool e até lixo urbano, determinando, desta forma, ações que visem incentivar alternativas viáveis e de baixo custo para as indústrias.

O II Congresso Internacional de Bioenergia irá reunir mais de seiscentas pessoas no Centro de Eventos FIEP/CIETEP, colocando frente a frente tecnologias brasileiras adequadas a diferentes regiões e diferentes padrões de projetos.

Entre os palestrantes convidados estão Antonio Rossafa – Diretor de Gestão Corporativa da COPEL; Jacob Biemond – Diretor de Engenharia do Grupo Hyva – Holanda; Geraldo Mario Rohde – Gerente do Departamento de Meio Ambiente do CIENTEC Fundação de Ciência e Tecnologia – RS, entre outros palestrantes técnicos especialistas da Holanda e da Dinamarca.

O evento é patrocinado pela Petrobrás, Hyva do Brasil, Lippel, Tractebel Energia, Andritz e Zanella e conta com a coordenação técnica do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento de Tecnologia (LACTEC/IEP)  e do Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal (UFPR). O Congresso é organizado pela Porthus Eventos e possui o apoio de diversas entidades nacionais e da Revista da Madeira.