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Biodiesel

BR Distribuidora antecipará legislação que torna obrigatória adição de biodiesel ao óleo


Agência Brasil - 08 mai 2007 - 07:43 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:23

Rio de Janeiro - A partir de julho, todo o óleo diesel comercializado pela Petrobras Distribuidora (BR) trará em sua composição a adição de 2% de biodiesel. Segundo a presidente da BR, Maria das Graças Foster, até o fim de maio 5 mil postos de serviço de bandeira da companhia e outros 3.350 grandes clientes da empresa, em todos os estados do país, já estarão recebendo o biodiesel B2 (ou seja: a mistura de 2% de biodiesel ao diesel convencional - derivado do petróleo).

Para que a meta pudesse ser alcançada, a Petrobras Distribuidora investiu R$ 35 milhões na infra-estrutura operacional e de logística, de forma a adequar sua rede de bases e terminais. A obrigatoriedade da adição estava prevista para janeiro de 2008.

“Em função da legislação da ANP - só está prevista para 2008 -  essa antecipação foi um desafio, na medida em que foi necessário o convencimento do cliente da viabilidade da estratégia da BR. Nós completamos um ano de trabalho planejado para a colocação do biodiesel no mercado e já terminamos a semana passada com 4.550 postos revendedores, comercializando o diesel com a adição do diesel vegetal, e até o fim deste mês seguramente teremos 5.000 postos comercializando o B2”, afirmou Maria das Graças.

De acordo com a Petrobras Distribuidora, o biodiesel já está disponível em 55, dos 64 terminais e bases de distribuição da companhia em todos os estados brasileiros. Em julho, todas as 64 bases estarão distribuindo óleo diesel com a adição de 2% de biodiesel.

Com isso, a BR estará antecipando em cerca de seis meses a legislação da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que prevê a obrigatoriedade da comercialização do B2 somente a partir de 2008.

Para a antecipação da meta, a Petrobras Distribuidora reforçou sua atuação em duas frentes: de um lado, na adequação da infra-estrutura operacional e logística de distribuição, o que garante a disponibilidade do produto; de outro, incrementando suas ações comerciais para levar o biodiesel ao consumidor em condições competitivas, garantindo-lhe a posição de produto rentável na carteira da empresa.

Na parte operacional, a BR traçou um plano de adequação da sua rede de bases e terminais. A empresa teve que montar uma estrutura logística completa para o biodiesel, a partir da coleta junto às usinas produtoras localizadas nos quatro cantos do país (hoje, são sete usinas em operação e até o fim do ano serão mais 15), passando pela armazenagem e pelos equipamentos de mistura, até a expedição para os clientes finais.

“São muitos deslocamentos e este racional da distribuição tem que ser muito montado. Você vai buscar o biodiesel no produtor, depois entra com ele na base, tem  que armazenar, misturar e fazer a expedição” ressaltou Maria das Graças Foster.

A presidente da BR afirmou que em dois meses a distribuidora estará apta a atender todo o seu público consumidor com a adição do B2.

“Em julho, todo o diesel da BR Distribuidora será B2. Ou seja, nestes dois meses que faltam, nós concluiremos as obras nas nove de nossas bases que ainda não atendem à mistura. Em dois meses, estaremos prontos para atender completamente todo o mercado com o B2; além das misturas que estamos fazendo com o B5, B20 e o B30, autorizado pela ANP para utilização por parte de nossos grandes clientes”, informou.

As informações da BR indicam que em abril de 2006 apenas duas bases da empresa (Belém e Fortaleza) operavam com o biodiesel, movimentando 90 mil litros por mês de biodiesel B2 (de um total de 915 milhões de litros/mês de todos os tipos de diesel (interior, metropolitano, marítimo) comercializados pela companhia.

“Hoje, são 680 milhões de litros/mês de biodiesel B2 comercializados por 86% das instalações operacionais, o que significa a expedição de 40 mil caminhões-tanque por mês. O percentual de B2 nas vendas totais de diesel da BR saltou, no período, de menos de 1% para cerca de 57%”, informa a subsidiária da Petrobras.

Até o fim deste mês, os terminais localizados nas cidades de São Paulo (Tespa), Brasília (Tebras), Duque de Caxias (Teduc), Betim (Tebet), Mataripe (Temat), Fortaleza (Tefor), Belém (Telem), São Luís (Telis), Oriximiná (Barix), Rio Branco (Barib), Caracaraí (Barac), Macapá (Armap), Belo Monte (Bamon) e Marabá (Bamab) passam a vender exclusivamente (100%) o biodiesel B2.

Nielmar de Oliveira