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Créditos de carbono e o biodiesel


BiodieselBR - 12 nov 2008 - 16:01 - Última atualização em: 23 jan 2012 - 10:59
Venda de créditos de carbono pode viabilizar futuros projetos de produção e consumo de biodiesel

Por Rosiane Correia de Freitas, de Curitiba


O dióxido de carbono é um gás incolor, essencial para a vida no planeta. Isso porque ele é um composto indispensável para a realização da fotossíntese, processo pelo qual as plantas transformam a energia solar em energia química. É essa energia que é distribuída a todos os seres vivos por meio da teia alimentar. No entanto, com a crescente utilização de combustíveis fósseis, o crescimento do desenvolvimento industrial e o desmatamento em todo mundo, a emissão de carbono na atmosfera cresceu de forma exponencial, abalando o equilíbrio desse ciclo e alterando o clima.

É desse desequilíbrio que surgiu o comércio de créditos de carbono. A iniciativa é recente, mas sua história começou em 1988, com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, que aconteceu no Canadá. Esse foi o início de uma série de eventos que reuniram líderes mundiais para discutir o aquecimento global e suas conseqüências, entre eles a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática – ECO-92 – realizada no Rio de Janeiro, em 1992.

A apresentação de dados cada vez mais alarmantes sobre o efeito estufa levou as Nações Unidas (ONU) a começar a redação de um tratado internacional que determinasse compromissos rígidos de redução de emissão de gases. O documento, conhecido como Protocolo de Quioto, foi consolidado em 1997, naquela cidade japonesa, e ratificado em 1999. Mas como ele só poderia entrar em vigor depois da adesão de 55% dos países que produzem 55% das emissões, o texto só passou a ter efeito em 2005, depois que a Rússia ratificou o tratado.

O Protocolo de Quioto determina metas de redução para os países-membros, especialmente os desenvolvidos. No caso de nações em franco desenvolvimento como o Brasil, México e Índia, não há, ainda, metas a serem cumpridas. É justamente aí que reside a grande oportunidade de negócio para esses países. Isso porque o mecanismo do Protocolo prevê que, caso não reduzam sua emissão, países e corporações podem adquirir créditos de carbono de empreendimentos localizados em países em desenvolvimento.