Dow conduz estudo sobre controle de contaminação de biodiesel
Biodiesel que apresente proliferação de bactérias, vírus, fungos e leveduras pode ser eficientemente descontaminado em menos de 48 horas. É o que garante o teste “Tratamento de choque em combustível altamente contaminado por micróbios”, conduzido pela Dow Microbial Control, unidade de negócios da Dow para biocidas.
Para a realização do teste, no Centro de Aplicação de Clientes, laboratório de microbiologia da Dow Microbial Control em Buffalo Grove, EUA, foram utilizados quatro ingredientes ativos com biocidas biodegradáveis e de baixa toxicidade: Glutaraldeído (GA), Cloro metil isotiazolinona (CMIT) + Metil isotiazolinona (MIT) e Nitro butil morfolina (NBM). As amostras apresentaram crescimento de fungos, leveduras e bactérias, segundo metodologia E1259-05 da Associação de Padronização de Métodos dos Estados Unidos (ASTM).
Os testes mostraram que a contaminação de biodiesel por bactéria e leveduras foi controlada com o tratamento de 250 ppm (partes por milhão) de Glutaraldeído a 50% de ingrediente ativo. Para eliminar a contaminação de biodiesel por fungos, os testes mostraram que é necessária a dosagem de 500 ppm de Glutaraldeído. “A descontaminação do biodiesel por glutaraldeído, independentemente da dosagem e tipo de micróbio, pode ocorrer entre uma e 48 horas”, afirma Débora Takahashi, Especialista Técnica em Aplicação de Biocidas da Dow Microbial Control.
Para eliminar bactérias, leveduras e fungos em biodiesel com o uso de biocidas à base de CMIT/MIT a 1,5% de ingrediente ativo, foi necessária a dosagem de 300 ppm. Já para o NBM com 81% de ingrediente ativo foi necessária a dosagem de 750 ppm para eliminar bactérias e fungos e somente 250 ppm para leveduras.
O biodiesel absorve mais água que o diesel nas etapas de processamento. Tal característica o torna mais suscetível à contaminação por bactérias, fungos e leveduras como o "Pseudomonas aeruginosa", "Yarrowia tropicalis" e "Hormoconis resianae". A presença desses micro-organismos em biodiesel causa, além da diminuição da vida útil do combustível, corrosão nos tanques de armazenamento, entupimento de bombas e, ainda, pode prejudicar o funcionamento dos motores automotivos pelo entupimento dos filtros.
Para evitar a proliferação de bactérias, fungos e leveduras no biodiesel são necessárias algumas medidas que vão além das boas práticas de manutenção e drenagem da água dos tanques de armazenamento. “O uso de biocida apropriado com a dosagem adequada é fundamental para a recuperação do combustível, conforme amostras nos testes realizados”, diz Debora Takahashi.
É possível tratar o biodiesel de forma preventiva ou com um tratamento de choque utilizando dosagens indicadas nos testes e biocidas biodegradáveis de baixa toxicidade. “O maior benefício às indústrias de biodiesel, com o uso do biocida correto e com dosagens adequadas, é o aumento da vida útil do combustível, além da perda de produtividade e eficiência dos processos de refinamento, armazenamento e transporte”, finaliza Debora Takahashi.
Fonte: Assessoria de impresa Dow