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Emissões de CBios estão mais fracas do que um ano atrás


Valor Econômico - 08 mar 2022 - 09:43

No mês passado, as emissões de Créditos de Descarbonização (CBios) somaram 1,97 milhão de títulos, volume inferior ao de fevereiro de 2021, quando foram emitidos 2,58 milhões de CBios, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo ItaúBBA. Na segunda quinzena do último mês, as emissões totalizaram 1,19 milhão papéis.

A queda no volume de CBios já havia ocorrido no primeiro mês deste ano, quando foram emitidos 2,15 milhões de títulos. Em janeiro de 2021, o total havia sido de 2,2 milhões.

As negociações perderam ritmo na segunda quinzena de fevereiro, em meio à escala de preços do CBio, que já estão acima de R$ 100 na B3 — em fevereiro, o valor médio do papel ficou em R$ 98,90. Na segunda quinzena do mês passado, foram negociados 2,62 milhões de títulos na bolsa, 20% a menos do que na quinzena anterior.

As emissões de CBios estão atreladas às vendas de biocombustíveis. Dessa forma, quando caem as vendas de combustíveis como etanol e biodiesel, as emissões de CBios também são afetadas.

As emissões ocorridas até o mês passado representam 11,44% da meta que as distribuidoras têm para comprar neste ano. Porém, já havia CBios carregados do ano passado para cá. No fim da segunda quinzena de fevereiro, havia 14,3 milhões de CBios no mercado, o que representa 39,9% da meta do ano. Do volume total de CBios em circulação, 65% já estão com as distribuidoras, 34% com os produtores e 1% com partes não-obrigadas. Além disso, há 190 mil CBios que já foram aposentados (comprados e retirados de circulação).

Camila Souza Ramos – Valor Econômico