Planalto lança plataforma de investimentos climáticos
A partir desta quarta-feira (03), o Brasil passará a contar com uma plataforma que irá se dedicar a alavancar recursos financeiros que permitam tirar do papel propostas para o enfrentamento das mudanças climáticas. A iniciativa – batizada Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e para a Transformação Ecológica – foi lançada por meio da publicação de uma portaria interministerial no Diário Oficial da União.
A ideia é mobilizar recursos – tanto públicos quanto privados – para a transição para uma economia de baixo carbono e ações de adaptação climática voltadas aos setores mais vulneráveis.
O fórum ficará sob coordenação de um comitê gestor que será liderado pelo Ministério da Fazenda (MF) e vai envolver também os ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), e de Minas e Energia (MME). A secretaria-executiva caberá ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Além do comitê, a Plataforma vai contar com um Grupo de Assessoramento Técnico que deverá dar suporte aos processos de tomada de decisão e monitorar os resultados obtidos.
US$ 400 milhões
Há cerca de um mês, durante a COP30, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia antecipado a criação de um fundo – previsto para o próximo ano – no valor de US$ 400 milhões que servirá como instrumento para a Plataforma Brasil de Investimentos.
O fundo foi idealizado como parte de uma parceria entre MF, BNDES e o Fundo Verde para o Clima (GCF). A meta, no entanto, é alavancar recursos de investidores comerciais e de instituições financeiras para chegar a US$ 1 bilhão.
“A [Plataforma Brasil] é um novo instrumento que lançamos como parte do Plano de Transformação Ecológica. Ela foi concebida para conectar nossa estratégia de financiamento a uma nova geração de projetos capazes de impulsionar uma economia de baixo carbono e inclusiva”, disse o ministro da Fazenda.
Como parte do Acordo de Paris, o Brasil assumiu o compromisso de reduzir suas emissões de GEEs em pelo menos 59% até 2035.
Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com
