MME recorre à AGU para liberar a exploração na margem equatorial
O presidente Lula disse ontem ser importante preservar a Amazônia, “não como santuário, mas fonte de aprendizado da ciência do mundo inteiro”. A declaração ocorreu na véspera da Cúpula da Amazônia, em Belém.
O tema divide o governo. Uma ala defende a exploração de petróleo em águas profundas na margem equatorial. A área fica a mais de 500 quilômetros da foz do rio Amazonas, segundo a Petrobras.
Na Advocacia-Geral da União (AGU) está em curso análise que pode liberar a perfuração na região, apoiada pelo Ministério de Minas e Energia, mas negada pelo Ibama, ligado ao Ministério do Meio Ambiente.
O Ibama diz ser preciso pesquisar eventuais impactos sobre comunidades indígenas, fauna e flora. A pasta de Minas e Energia afirma que o processo para a exploração foi respeitado na 11ª Rodada de Licitações, há dez anos.
Fabio Murakawa, Luísa Martins, Murillo Camarotto e Daniela Chiaretti – Valor Econômico