Além do B15: Reunião do CNPE aprovou outras iniciativas de interesse do setor
Embora tenha – justificadamente – monopolizado a atenção das usinas, o adiamento do B15 não foi a única decisão saída da reunião de ontem (18) do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que deverá gerar impactos para o setor de biodiesel. A reunião também determinou a criação de um grupo de trabalho para impulsionar a diversificação de matérias-primas e a inclusão da agricultura familiar no setor, além do comitê técnico que ficará responsável pelo Paten.
Embora esses temas acompanhem o setor desde o lançamento do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) no final de 2004, eles nunca foram devidamente equacionados. Passadas mais de duas décadas, os valores movimentados pelo Selo Biocombustível Social (SBS) – iniciativa criada para incentivar os fabricantes a comprarem parte de suas matérias-primas de agricultores familiares – continuam extremamente concentrados na soja e na Região Sul.
Os dados mais recentes do Selo Biocombustível Social (SBS) mostram que, em 2022, dos R$ 5,95 bilhões movimentados pelo programa, a soja ficou com 89,2%, e os estados do Sul abocanharam 77,2%.