Exportações de óleo de soja perdem tração no começo de 2024, sebo cresce
Se, nos últimos dois anos, o mercado externo permitiu estocar óleo de soja que o setor de biodiesel não estava mais dando conta de absorver, com a normalização da mistura já não há um ímpeto tão grande para que o produto continue sendo exportado. A perda do apetite por parte das esmagadoras foi se tornando mais clara ao longo do segundo semestre do ano passado e, agora, ganha contornos mais notáveis. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações do derivado do principal produto de nosso agronegócio somaram 67 mil toneladas no primeiro mês de 2024, fazendo deste o pior mês para o produto nos últimos três anos.
Para compensar das perdas no mercado interno, as esmagadoras se voltaram para fora do país. Com o retorno ao B12 em abril passado, a produção do setor retomou a musculatura e, dessa forma, passou a absorver volumes maiores matérias-primas descolando as exportações.
A estimativa da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) para este ano é que 1,45 milhão de toneladas de óleo de soja saiam do país ao longo deste ano – contração de quase 38% em relação ao ano anterior.