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Soja

Colheitas de soja e milho caminham para reta final no Rio Grande do Sul


Globo Rural - 09 mai 2025 - 09:12

Favorecida pelo tempo seco da última semana, a colheita de soja no Rio Grande do Sul atingiu 95% da área para o ciclo 2024/25, informou a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater/RS). O ritmo está à frente dos 80% nessa mesma época do ano passado. Além disso, cinco por cento das lavouras estão em fase de maturação.

De acordo com boletim divulgado nesta quinta-feira (08), em parte dos municípios gaúchos, especialmente no Planalto e Alto Uruguai, no Norte e no Nordeste do Estado, a colheita foi encerrada. A produtividade segue altamente variável, refletindo maior ou menor déficit hídrico ao longo do ciclo. De forma geral, os rendimentos da soja oscilam entre 1 mil e 2,5 mil quilos por hectare, com médias inferiores àquelas inicialmente projetadas.

“A ausência prolongada de chuvas, até quatro semanas consecutivas sem precipitações em algumas regiões, tem acelerado a debulha natural dos grãos ainda em campo, intensificando as perdas”, destacou a Emater.

Na Região Oeste do Estado, um levantamento indicou perdas médias de 80 kg/ha de grãos encontrados no solo, antes mesmo da passagem das colhedoras, evidenciando prejuízos econômicos adicionais.

Os produtores que concluíram a colheita, aguardam a ocorrência de chuvas para a reposição da umidade do solo no intuito de viabilizar a semeadura das culturas de inverno, das plantas de cobertura ou de adubação verde. Paralelamente, realizam práticas de conservação e manejo do solo, como calagem, subsolagem localizada ou em área total, além da construção e manutenção de terraços, visando à melhoria das condições físico-químicas do solo.

A colheita de milho também está praticamente concluída, com 92%, e restam 5% em maturação e 3% em enchimento de grãos. De acordo com a Emater, as atividades seguem em ritmo menos intenso, aguardando a finalização do ciclo das lavouras estabelecidas a partir de dezembro. Os produtores que realizaram a operação foram favorecidos pelas condições meteorológicas predominantemente secas e de elevada radiação solar, que garantiram boa trafegabilidade das máquinas agrícolas.

Assim como aconteceu na soja, a ausência ou insuficiência de chuvas nas últimas quatro semanas tem prejudicado as lavouras em enchimento de grãos, fase altamente sensível ao déficit hídrico, podendo comprometer significativamente o potencial produtivo.

Nas regiões onde chovei de forma pontual e suficiente para restabelecer a umidade superficial do solo, os produtores iniciaram a implantação de culturas de cobertura (para proteção do solo, incremento da matéria orgânica e controle de plantas daninhas) em preparação para a semeadura do milho da próxima safra, prevista para a primeira quinzena de agosto. Porém, na maior parte do Estado, as condições de baixa umidade do solo ainda inviabilizam a semeadura dessas espécies.

Paulo Santos – Globo Rural