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Soja

Aumenta ociosidade da indústria processadora de oleaginosas


BiodieselBR.com - 19 nov 2012 - 13:57
sojaA1A indústria de processamento de oleaginosas está 33% ociosa, segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e divulgada dia 14.06. Os dados de 2012 revelam que o Brasil continua priorizando a exportação da soja em grãos em detrimento do investimento em produtos com maior valor agregado, como óleo e farelo.

No ano passado a ociosidade foi menor, de 25,7%, mas a capacidade de processamento também era mais baixa. A pesquisa mostra que houve um leve crescimento de 4% da capacidade em relação a 2011, mas os números se mantêm em um patamar inferior ao registrado em 2010.

De acordo com o assessor econômico da Abiove, Leonardo Botelho Zilio, a relação entre a performance das esmagadoras e a produção de biodiesel não é direta, mas é possível dizer que tanto elevação da mistura obrigatória de biodiesel ocorrida no primeiro trimestre de 2010, como a abertura de novas usinas de biodiesel em 2012 são fatores que ajudaram a movimentar a indústria de processamento.

“Aumentar a demanda que a indústria interna tem para os produtos com maior valor agregado é um fator importante para diminuir a ociosidade”, explica o assessor, afirmando que o aumento da mistura de biodiesel poderia incentivar a redução da ociosidade da indústria de processamento.

Matéria-prima X produto processado
Os dados divulgados pela Abiove refletem os incentivos mais significativos para exportação de matéria-prima no Brasil. O país desonera a exportação da soja, mas não faz o mesmo com a produção de farelo ou óleo destinados ao mercado externo. Exemplo disso foi a edição da medida provisória 552 em dezembro de 2011, que retirou o crédito presumido do PIS/Cofins do setor.

Isso difere da política adotada por países como Argentina, ao contrário, têm medidas de incentivos à industrialização por meio de uma menor tributação sobre os produtos e conseguem aumentar a capacidade instalada, além de serem mais competitivos no mercado externo.

Patrícia Herman - BiodieselBR.com