Cultivo da mamona perde espaço no país
Apenas três estados brasileiros produzem mamona. De acordo com a Conab no Ceará, Bahia e no Mato Grosso a redução de área plantada soma 2,4%, sendo cultivada em pouco mais de 45 mil hectares. A produtividade somada teve alta de 7,8 % ou 33 mil toneladas. Mas o Mato Grosso teve queda significativa de 20,8%. O estado deve colher 1,9 mil toneladas de mamona. Na safra passada, produziu 2,4 mil toneladas.
A Bahia, maior produtor, vai colher 30,9 mil toneladas ou 10,4% mais do que ano passado, mesmo com uma pequena redução da área plantada de 0,7%.
A mamona é usada como opção de segunda safra mas vem perdendo espaço para culturas mais rentáveis e de mais facilidade em comercialização como milho, algodão e gergelim.
A mamona gera semente de onde se fabrica óleo de rícino, potente laxante e vermífugo além de ser usado para tratamento de hemorroidas e para estimular o crescimento de cabelos. A partir de suas sementes também é possível extrair o óleo de mamona, que é amplamente usado na lubrificação de motores com alta rotação e como matéria-prima para a produção de biodiesel. Há ainda a torta, um importante subproduto gerado da extração do óleo. É utilizada como adubo orgânico de boa qualidade, pois sua composição é rica em nitrogênio. Esta característica permite que seja empregada na recuperação de terras esgotadas e seu alto teor de proteínas a torna útil para a alimentação de animais.
Eliza Maliszewski – Agrolink