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Pinhão-manso

UEPB estuda adaptação do pinhão-manso e girassol ao sertão da Paraíba


BiodieselBR.com - 11 abr 2014 - 15:36 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53
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A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) está desenvolvendo experiências de campo que visam adaptar oleaginosas às condições do sertão paraibano. O foco são as culturas do pinhão-manso e do girassol que vêm sendo trabalhados dentro do campus fazenda da universidade no município de Catolé do Rocha – 400 km de João Pessoa.

Iniciado no começo deste ano, o projeto está sendo desenvolvido graças a uma parceria que a UEPB firmou com a Embrapa Algodão. Para isso, cinco procedências de pinhão-manso foram inicialmente plantadas na área. As sementes cultivadas já floresceram e hoje a área ocupada por pinhão conta com cerca de 100 plantas. O professor Josemir Maia, responsável pela pesquisa, conta que inicialmente será produzido um banco de germoplasma, que são unidades conservadoras de material genético da planta.

Ele explica que a Embrapa Algodão dispõe de uma coleção de sementes de diversas procedências que precisam ser renovadas anualmente. Para tanto, a empresa recorreu à UEPB. Dessa forma a Embrapa garante a renovação de seu banco de sementes e os pesquisadores da universidade podem desenvolver novos experimentos e projetos de iniciação científica.

O professor releva que o foco é extrair o óleo da planta para a produção de biodiesel. “Estamos trabalhando para gerar economia com esta planta”, destacou o professor, acrescentando que o pinhão-manso tem uma grande diversidade de produtos, podendo ser utilizado para formar toda uma cadeia produtiva, como a fabricação de tortas para ração animal e até atividades medicinais, anti-inflamatórias e anticancerígenas.

Como são plantas perenes, que sobrevivem em período de longa estiagem, as plantas podem ser cultivadas durante todo o ano.

Girassol no semiárido
O professor Josemir Maia também vem trabalhando no campus de Catolé do Rocha também para adaptar o girassol ao ambiente do semiárido paraibano. A pesquisa é uma parceria entre a UEPB e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e já começa a dar resultados.

Professores e estudantes iniciaram o plantio com 10 genótipos de girassol selecionados pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte, pela UFRN e pela Embrapa Algodão. Destas foram selecionadas cinco variedades que demonstraram melhor aptidão e produtividades para o desenvolvimentos de mais pesquisas relacionadas à fisiologia da planta.

Conforme destacou Maia, o cultivo do girassol poderia se tornar a base de novas cadeias produtivas para a agricultura familiar do sertão da Paraíba. Além do óleo e do farelo produzido pelo processamento da semente do girassol, as folhas e caule da planta podem servir como forragem na alimentação animal. Outra possibilidade é que as flores sirvam à apicultura.

Além do professor Josemir Maia, estão envolvidos no projeto o professor Edivan Silva Nanes Junior, diretor do Centro de Ciências Humanas e Agrárias (CCHA); a professora Elaine Gonçalves e estudantes do Campus IV da UEPB.

Com adaptações BiodieselBR.com