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Conferência BiodieselBR 2018

[CBBR 2018] Os leilões de biodiesel


BiodieselBR.com - 25 out 2018 - 08:15

Os leilões de biodiesel se tornaram um ponto de convergência dentro do setor, tanto fabricantes quanto distribuidores parecem estar razoavelmente satisfeitos com o atual modelo de comercialização do biodiesel e dispensam mudanças mais drásticas. Não quer dizer, entretanto, que não haja ajustes – necessários – a caminho. O tema será abordado durante a palestra do coordenador geral de biodiesel do Ministério de Minas e Energia (MME), Ricardo Gomide.

Talvez o problema mais óbvio do sistema de leilões seja a preocupante tendência que eles vêm mostrando de se alongarem cada vez mais, no mais recente deles – o L63 – as distribuidoras demoraram quatro dias inteiros para arrematar o biodiesel necessário para o mercado obrigatório. “O crescimento da demanda causado pelos aumentos mais recente do percentual de mistura revelou algumas dificuldades do modo. Entre as quais está essa possibilidade de que as disputas se alonguem excessivamente”, admite.

Com o ministério capitaneando um esforço para aprovar o cronograma do B15, o problema se torna ainda mais urgente. “Esse é um problema grave que precisa ser corrigido o quanto antes”, reforça Ricardo.

Encarecimento

Mais do que simplesmente tornar o processo de compra de biodiesel mais desgastante para as equipes das distribuidoras – que precisam ficar longos períodos gerenciando o processo –, o modelo atual maximiza a disputa levando os compradores a pagar mais caro pelo biodiesel que necessitam.

“Isso pode ser bom para os fabricantes que ganham mais dinheiro, mas não para a sociedade como um todo”, alerta o servidor acrescentando que “há um caminho já aberto para a solução”.

Em julho, o ministério lançou a Portaria 311/2018 que estabelece novas para os leilões. “Deixamos as regras mais flexíveis para proporcionar uma negociação mais célere. Falta, no entanto, a ANP e a Petrobras implementarem as mudanças na plataforma de negociações”, informa.

Autorizativo

Embora considerado menos urgente pelo MME, mudanças que possam potencializar a demanda no mercado autorizativo também estão no radar e passam por alterações no sistema de leilões. “Embora o preço do biodiesel seja competitivo em relação ao diesel em vários mercados, a gente não vê a demanda das distribuidoras ganhando corpo. E acho que um dos nós está na necessidade de que as compras sejam bimestrais e em leilão. Acho que seria possível caminhar no sentido de flexibilizar esse mercado”, conclui.

Ricardo Gomide apresentará a palestra “O futuro dos leilões de biodiesel” marcada para o dia 05 de novembro. Saiba mais sobre a programação da Conferência BiodieselBR clicando aqui.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com