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Lula cobra diversificação na produção de biodiesel


O Globo - 23 out 2009 - 10:53 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:09

Durante a cerimônia do anúncio da obrigatoriedade de adição de 5% de biodiesel ao diesel, agora há pouco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou os empresários do setor por conseguirem antecipar em três anos a meta - que começa a valer efetivamente a partir do ano que vem, mas que estava planejada para passar a valer somente a partir de 2013. O presidente, no entanto, alertou que é necessário diversificar a produção, pesquisando outras oleaginosas, para que o mercado não fique dependente da soja.

- A soja é alimento - declarou.  - É preciso investir em novas oleaginosas para ter uma diversificação do biodiesel.

Lula cobrou da Petrobras e do Ministério do Desenvolvimento Agrário ações para viabilizar essa produção.

-  Isso tem de ser uma tarefa -  observou, afirmando que está preocupado com a possibilidade de o preço da soja subir muito e a China passar a comprar mais.

O presidente voltou a defender o papel do Estado na economia e disse que sente orgulho quando a imprensa o aponta desta forma:

-  A coisa que mais tenho orgulho é quando a imprensa coloca que sou defensor do Estado.

Lula informou que o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá fechar o ano com uma carteira de empréstimo de R$ 157 bilhões, contra R$ 40 bilhões em 2004. Já o Banco do Brasil, embora não tenha falado em números, terminará 2009 com um volume de empréstimo superior ao que o Brasil inteiro tomava em 2003.

O aumento da adição de biodiesel ao diesel é um dos trunfos que o Brasil levará para a conferência sobre mudanças climáticas, em Copenhage, em dezembro. A expectativa é que o chamado B-5 aumente a produção de biodiesel em 2,4 milhões de litros por ano. Com isso, o país passará a ser o segundo maior produtor de bioediesl no mundo, atrás apenas da Alemanha.