Especialista critica "pressa" no programa brasileiro de biodiesel

A implantação da obrigatoriedade da mistura B3 no mercado brasileiro é precipitada. A opinião é do pesquisador Luiz Augusto Horta Nogueira, da Universidade Federal de Itajubá, que participou nesta segunda da quarta sessão do ciclo Impactos Socioambientais dos Biocombustíveis, evento organizado pelo NESA - Núcleo de Economia Socioambiental da Universidade de São Paulo (USP). “Preocupa-me o açodamento na condução do programa no país”, revelou.

Para o professor, a estimativa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) faz da capacidade instalada de produção de biodiesel no Brasil é equivocada. “O que o ANP faz desconsidera as particularidades do setor”, criticou. Segundo Nogueira, o gargalo da produção de biodiesel no país está na produção agrículo. E fez um pedido: “precisamos ter acesso aos dados do programa”.

O pesquisador também declarou ser contra a utilização de matérias-primas não-alimentares na produção de biocombustíveis. “É importante o produtor ter alternativa de comercialização da safra”, destacou.