Agrônomo diz que há produtores usando incorretamente o biocombustível
Na ânsia de reduzir os custos de produção agricultores estão utilizando biocombustível com diesel normalmente em proporções de 10% a 50%, quantidades não recomendadas por normas técnicas ou científicas para movimentar motores e veículos. O biodiesel é obtido através do processo de transesterificação.
O biocombustível usa qualquer óleo numa mistura com o diesel, já o biodiesel retira a glicerina e o biocombustível de grãos oleaginosos. Este alerta foi feito terça-feira, 1º de agosto, na tarde de campo sobre a cultura do girassol, em Salto do Lontra, para 150 pessoas, entre produtores rurais, técnicos e representantes de empresas de 18 municípios do Sudoeste.
Antoninho Maurina, engenheiro agrônomo da Emater de Curitiba, proferiu palestra no encontro para explicar sobre o programa paranaense de bioenergia, coordenado pelas secretarias estaduais de Planejamento, Ciência e Tecnologia e Agricultura e suas autarquias, empresas e institutos vinculados.
Alerta aos produtores
Maurina alertou para os prejuízos que os agricultores podem ter em seus veículos ou máquinas se não respeitarem as normas técnicas ao usar o biocombustível.
“A glicerina é o vilão para os motores; ela entope os bicos da bomba injetora, forma borra nos pistões e no bloco do motor e no próprio Carter”, explicou.
O IAC (Instituto Agronômico de Campinas, SP) tem feito estudos constatando que o biocombustível causa problemas aos motores. Ao falar sobre o biocombustível, Maurina afirmou que qualquer óleo vegetal que for usado como combustível sem que sejam respeitados os critérios técnicos e científicos poderão causar prejuízos aos motores.
