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Negócio

Se respeitada a paridade internacional, o diesel da Petrobras não cai de preço


Valor Econômico - 21 jul 2022 - 09:49

Não há espaço para redução no preço do diesel vendido pela Petrobras às distribuidoras nas refinarias, na visão do sócio da Leggio Consultoria, Marcus D’Elia. A estimativa leva em consideração que a expectativa de que o preço do barril de petróleo no mercado internacional deve se manter na faixa dos US$ 100 nos próximos meses.

Para D’Elia, há possibilidade de que o barril caia para cerca de US$ 92 caso haja uma redução do crescimento mundial, mas é improvável que os preços se reduzam para além desse valor. Segundo o consultor, isso ocorre porque as petroleiras já demonstraram não estar interessadas em aumentar a produção.

“No diesel, vem ocorrendo um descolamento do preço do derivado em relação ao do barril de petróleo, causado pela demanda crescente pelo combustível neste semestre. Por isso, neste cenário de queda do barril de petróleo, a margem para a redução do diesel seria menor que 5%”, diz.

Ontem, a Petrobras anunciou a diminuição dos preços da gasolina nas refinarias de R$ 4,06 para R$ 3,86. Não houve alteração no preço do diesel, que teve o último reajuste em 16 de junho, quando a companhia anunciou um aumento no preço médio do litro de R$ 4,91 para R$ 5,61.

Nas estimativas da Leggio, a redução da gasolina anunciada ontem está em linha com o preço de paridade de importação. A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) também acredita que a gasolina esteja na paridade, considerando a cotação da manhã de hoje.

No caso do diesel, a Abicom estima que os preços praticados pela Petrobras estão 3% acima da paridade e que, por isso, há espaço para uma queda R$ 0,14 no litro, em média.

Gabriela Ruddy – Valor Econômico