Negócio

Preço do petróleo sobe mais de 2%, com promessa de Israel de retaliar ataque iraniano


O Globo - 02 out 2024 - 10:41

O preço do petróleo voltou a subir nesta quarta-feira, com o acirramento das tensões no Oriente Médio. A preocupação é que o conflito possa interromper a produção petrolífera na região, após o maior ataque militar do Irã contra Israel na terça-feira e a promessa de Israel de que iria retaliar o país. O Irã é um dos maiores exportadores da commodity.

O petróleo tipo Brent, referência global, subia 2,2% por volta de 7h, sendo negociado a US$ 75,19 o barril. Já o West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, avançava 2,4%, para US$ 71,53. Na terça-feira, os preços do petróleo dispararam mais de 5%, antes de fechar com alta de cerca de 2,5%.

De acordo com a agência Reuters, na madrugada desta quarta-feira, o Irã disse que seu ataque com mísseis contra Israel havia terminado, a menos que houvesse mais provocações. Israel e Estados Unidos prometeram retaliar contra Teerã, com o aumento dos temores de uma guerra mais ampla.

O Irã afirmou que qualquer resposta israelense ao ataque, que segundo Israel envolveu mais de 180 mísseis balísticos, seria recebida com "destruição em larga escala".

O Conselho de Segurança das Nações Unidas agendou uma reunião sobre o Oriente Médio para esta quarta-feira, e a União Europeia pediu um cessar-fogo imediato.

A escalada das tensões geopolíticas no Oriente Médio faz investidores ficarem receosos quanto à oferta de petróleo. O Oriente Médio responde por pelo menos um terço de toda a produção global do óleo.

O Irã é um dos maiores exportadores do mundo e, nos últimos meses, especialistas têm alertado que o envolvimento direto do Irã, membro da Opep, no conflito pode aumentar a possibilidade de interrupções no fornecimento de petróleo na região e ter graves consequências para o preço do produto.

A produção de petróleo do Irã atingiu em agosto o maior nível em seis anos, chegando a 3,7 milhões de barris por dia (bpd), antes de diminuir ligeiramente em setembro. O país foi o nono maior produtor de petróleo do mundo no ano passado, de acordo com dados americanos.