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Negócio

Petróleo sobe com temores de interrupção da oferta no Golfo do México


Valor Econômico - 28 set 2022 - 09:41

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, conseguindo se manter em território positivo com o suporte dos temores de que o furacão Ian ameace a produção no Golfo do México, embora o dólar continue a avançar frente às principais divisas globais.

O contrato do petróleo Brent para dezembro - a referência global da commodity - fechou em alta de 2,42%, a US$ 84,87 por barril, enquanto o do petróleo WTI americano para novembro subiu 2,33%, a US$ 78,50 por barril. Ambas as referências fecharam ontem em novas mínimas desde janeiro.

A Chevron e a BP disseram na segunda-feira que iriam transferir os trabalhadores e interromper a produção em algumas plataformas de petróleo offshore, já que o furacão Ian deve atravessar o Golfo do México antes de atingir a costa da Flórida na quarta-feira. A Chevron disse que fechará duas plataformas com capacidade de produção combinada de cerca de 120 mil barris por dia, enquanto a BP fechará duas plataformas, cada uma com capacidade superior a 100 mil barris por dia.

De acordo com dados do governo americano, até o momento, 11% da produção de petróleo e 8,56% da produção de gás natural no golfo foram fechadas temporariamente em resposta à ameaça gerada pelo furacão.

"Os preços do petróleo estão tentando se estabilizar, junto de outros ativos de risco, conforme a onda de vendas gerada pelos temores de recessão econômica global termina de ser precificada", diz Edward Moya, analista sênior de mercados da Oanda, em nota. "O mercado de petróleo pode ver mais um pouco de aversão a risco retornando rapidamente, mas o atual aperto na oferta deve prevenir uma queda além da marca dos US$ 70".

O preço do petróleo vinha sendo penalizado nas últimas sessões pela valorização do dólar e pelos temores de uma recessão global enfraquecendo a demanda. Hoje, o índice dólar DXY chegou a operar no vermelho, mas se recuperou e sobe 0,09%, a 114,202 pontos.

André Mizutani e Arthur Cagliari – Valor Econômico

Tags: Eua Petróleo