PUBLICIDADE
CREMER2024 CREMER2024
Negócio

Petróleo recua repercutindo corte de juros na China e rumores de acordo entre EUA e Irã


Fábio Rodrigues - 21 jun 2023 - 08:58

O petróleo encerrou a sessão desta terça-feira (20) em queda moderada, à medida que os investidores reagem de forma morna ao corte de 10 pontos-base dos juros referenciais do Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês) e avaliam a possibilidade de uma maior oferta global da commodity após a imprensa americana voltar a noticiar sobre negociações por um acordo nuclear entre Estados Unidos e Irã.

O petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para agosto recuou 0,17%, a US$ 71,19 por barril, e o Brent, a referência global, cedeu 0,22%, a US$ 75,89 por barril.

Embora tenha começado a sessão em alta, o petróleo foi, aos poucos, perdendo força durante a manhã, após o mercado avaliar que o corte de 10 pontos-base nas taxas básicas da China — utilizadas como referência para as hipotecas e conhecidas como LPR —, de um e cinco anos, pelo PBoC foi um movimento modesto e insuficiente para impulsionar a atividade chinesa — crucial para a perspectiva de demanda por petróleo.

“[Os cortes de juros] não vão impulsionar muito a economia, embora sejam melhores do que nada. Mesmo com novas reduções, o setor de construções provavelmente se manterá fraco e governos locais continuarão a sentir a pressão de vendas de terrenos reduzidas e finanças apertadas, limitando sua capacidade de buscar projetos de infraestrutura expansionista”, avalia o analista Robert Carnell, do ING.

Outro ponto que preocupou investidores da commodity energética hoje foi uma reportagem do jornal “The Washington Post” que afirmou que autoridades dos EUA e Irã mantêm conversas informais para reduzir a atividade nuclear no país do Oriente Médio, em troca da retirada de algumas sanções americanas — entre elas, uma que isola o mercado de petróleo iraniano.

“Há uma sensação de que qualquer acordo também pode tornar mais fácil para o Irã aumentar as exportações de petróleo”, pontua Bob Yawger, do Mizuho Group.

Gabriel Caldeira – Valor Econômico