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Negócio

Petróleo recua mais de 2,5% com temor por demanda fraca e ante dólar forte


Valor Econômico - 10 nov 2022 - 08:52

Os preços do petróleo recuaram na sessão desta quarta-feira (9), com o aumento de casos de covid-19 na China. Com perspectiva de menor deslocamento na segunda maior economia do planeta, cresce a preocupação de investidores de que a demanda por petróleo recue, num cenário em que já há uma recessão se desenhando na Europa e uma desaceleração econômica nos Estados Unidos.

Hoje, os dados de estoque dos EUA mostraram números melhores do que o esperado, dando a indicação que, talvez, a demanda esteja realmente reduzindo. A sessão ainda foi marcada por um movimento de recuperação do dólar no exterior, o que tende a penalizar as negociações de commodities.

No fim das negociações, os preços dos contratos do Brent, a referência global, para janeiro registraram queda de 2,84%, a US$ 92,65 o barril, na ICE, em Londres, enquanto os preços dos contratos do WTI, a referência americana, para dezembro recuaram 3,46%, a US$ 85,83 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).

O índice DXY seguia em forte alta de 0,76%, a 110,473 pontos, perto das 17h15.

Na semana passada, os preços do petróleo chegaram a subir com os rumores de que a China poderia relaxar as medidas restritivas, o que foi desmentido por autoridades chinesas no início desta semana. “Os casos de covid-19 continuam elevados nas principais cidades chinesas e um possível aumento nos estoques de petróleo dos EUA também contribui para a preocupação dos investidores com a demanda pela commodity”, afirmou o analista da SPI Asset Management, Stephen Innes, em nota.

Hoje, os números do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos mostraram que os estoques de petróleo no país subiram 3,9 milhões de barris na semana terminada na última sexta (4). Já os estoques de gasolina caíram 900 mil barris, ante uma estimativa de queda de 1,1 milhão de barris. Apesar de os números serem melhores do que o projetado, o total de estoque da reserva estratégica americana (SPR, na sigla em inglês) caiu para seu menor patamar desde 1984.

Após a divulgação dos dados, os preços dos contratos de petróleo aprofundaram suas perdas, seja no recorte do WTI ou do Brent.

Arthur Cagliari e Daniel Gateno – Valor Econômico