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Negócio

Petróleo avança quase 3% EUA queda de estoques nos EUA


Valor Econômico - 29 jun 2023 - 08:58

O petróleo encerrou a sessão desta quarta-feira (28) com ganhos superiores a 2%, impulsionado por uma queda bem além do esperado nos estoques semanais da commodity nos Estados Unidos. A indicação de alta demanda por óleo deu apoio, assim, a uma valorização dos preços da commodity no mercado futuro.

O barril do petróleo WTI — referência americana — com entrega prevista para setembro fechou em alta de 2,70%, a US$ 69,73, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, o barril do petróleo Brent, a referência global, para o mesmo mês subiu 2,39%, a US$ 74,24.

Até o fim da manhã, o petróleo exibia queda diante da perspectiva de aperto monetário adicional e de desaceleração da economia global. O sinal inverteu depois que o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano informou um recuo de 9,6 milhões de barris nos estoques de petróleo nos EUA na semana passada, encerrada no dia 23. Analistas consultados pelo “The Wall Street Journal” projetavam queda de 1,8 milhão de barris no período.

Na contramão do petróleo cru, os estoques americanos de produtos derivados, como gasolina e destilados, registraram alta modesta na semana passada.

Os ganhos de hoje do petróleo ocorreram em meio a falas dos presidentes do Federal Reserve (Jerome Powell), Banco Central Europeu (Christine Lagarde), Banco da Inglaterra (Andrew Bailey) e Kazuo Ueda (Banco do Japão), durante painel do fórum anual do BCE realizado em Sintra, Portugal. Com exceção de Ueda, os outros três dirigentes sinalizaram por mais altas de juros no curto prazo, repetindo a mensagem conservadora recente.

“Existem relativamente poucos fatores positivos para o petróleo no momento”, afirma o analista-chefe de mercado da CMC Markets, Michael Hewson. Para ele, a perspectiva de juros mais altos daqui em diante “parece ser a principal preocupação por enquanto”, já que o aperto monetário adicional pode levar a uma recessão da economia global.

Gabriel Caldeira – Valor Econômico