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Para Aprobio, sem novos aumentos o setor só volta a investir em 2023


BiodieselBR.com - 27 ago 2014 - 16:33 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53
AprobioInvestimentos 270814
O diretor superintendente da Aprobio, Julio Cesar Minelli, enfatizou o momento de transição pelo qual passa o setor de biodiesel depois da adoção do B6 em julho e do B7 a partir de novembro. Contudo, ele alertou que, sem outros aumentos na mistura obrigatória, o setor só vai demandar novos investimentos em capacidade produtiva em 2023.

O alerta foi dado durante a fala de Minelli no 7º Simpósio Internacional de Combustíveis realizado em São Paulo pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA). 

Com os aumentos na mistura, a produção nacional de biodiesel que foi de 2,9 bilhões de litros em 2013, passará para 3,5 bilhões de litros até dezembro e, em 2015, pode chegar a 4,3 bilhões de litros. Aumento que deve colocar o Brasil na segunda posição no ranking mundial de produção – atrás dos Estados Unidos cuja produção apenas no primeiro semestre de 2014 somou quase 3 bilhões de litros.

Segundo Minelli, mesmo com esse crescimento, a indústria ainda terá uma ociosidade de 45%. “O Brasil está pronto hoje para atender um mercado de B10, sem comprometer a oferta de matérias primas, que se diversificam cada vez mais, pois a capacidade instalada de produção é de 7,9 bilhões de litros por ano”, disse.

Com isso, deixa de ser concretizado um dos maiores potenciais da indústria de biodiesel que é a redução das importações de diesel. Segundo a Fundação de Estudos Econômicos (Fipe) da Universidade de São Paulo (USP), a produção de biodiesel evitou, entre 2008 e 2011, gastos de R$ 11,5 bilhões em importação de diesel fóssil. 

A adoção do B7 deverá reduzir as importações em 1,2 bilhão de litros ao ano economizando para o país cerca de US$ 920 milhões por ano.

B15
Para que o setor voltasse a investir, a Aprobio defende a adoção de um novo cronograma de aumentos na mistura obrigatória. Nas contas da entidade, se fosse adotado um panorama que levasse ao uso do B15 a partir de 2022, os investimentos em novas usinas e ampliações do parque produtivo existente e capacidade adicional de processamento de soja seriam retomados a partir em 2017 e consumiriam cerca de R$ 11 bilhões.

Dados da Fipe também estimam que, entre 2008 e 2011, o uso do biocombustível evitou a emissão de 11 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente. Um estudo elaborado pela Câmara Setorial do Biodiesel do Ministério da Agricultura, indica que cada ponto percentual a mais de biodiesel corresponde ao plantio de 7 milhões de árvores por ano.

Fábio Rodrigues - BiodieselBR.com
Com informações da assessoria de imprensa da Aprobio