A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 28,782 bilhões no segundo trimestre de 2023, queda de 47% na comparação com igual período do ano passado, quando apurou R$ 38,043 bilhões. O resultado refletiu a redução das margens internacionais de refino do óleo diesel (“crack spread”) e a queda na cotação do petróleo Brent, além de maiores despesas operacionais. O conselho de administração da petroleira definiu ainda o valor dos dividendos, com base na nova política de remuneração aos acionistas aprovada na semana passada.
O colegiado da Petrobras, reunido nesta quinta-feira (3), aprovou o pagamento aos acionistas de dividendos no valor de R$ 14,9 bilhões. Em maio, a empresa havia aprovado o pagamento de R$ 24,65 bilhões em dividendos relativos ao primeiro trimestre.
O montante aprovado ontem corresponde a R$ 1,149304 por ação ordinária e preferencial. A primeira parcela da remuneração, no valor de R$ 0,574652 por ação, será paga no dia 21 de novembro, e a segunda parcela, também de R$ 0,574652 por ação, será quitada no dia 15 de dezembro. “A aprovação do dividendo proposto é compatível com a sustentabilidade financeira da Companhia e está alinhada ao compromisso de geração de valor para a sociedade e para os acionistas, assim como às melhores práticas da indústria mundial de petróleo e gás natural”, disse a Petrobras, em nota.
A receita de vendas da empresa caiu 33,4% no trimestre encerrado em junho, para R$ 113,84 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado recuou 42,3% no período, frente ao segundo trimestre de 2022, para R$ 56,69 bilhões. A alavancagem, resultado da relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado foi de 0,74 vez.
“A Petrobras apresentou uma performance financeira e operacional consistente no segundo trimestre, mantendo sua rentabilidade de maneira sustentável”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em comunicado.
No resultado, divulgado na quinta-feira (3), a empresa informou que a receita com a comercialização de derivados no mercado interno caiu 13% no trimestre passado, devido a uma redução média de 17% nos preços de, acompanhando o comportamento do mercado internacional. No mesmo período, a Petrobras verificou queda de 37% nas receitas de exportação de petróleo, ante o primeiro trimestre, e de 45,7% frente ao segundo trimestre do ano passado. Isso se deve à redução de menores volumes exportados, causada pelo maior processamento nas refinarias, entre outros motivos.
No trimestre passado, diesel e gasolina responderam por aproximadamente 74% da receita de venda de derivados, ainda segundo a petroleira. Já o custo dos produtos vendidos pela Petrobras apresentou queda de 25,5% no segundo trimestre, na comparação com igual período em 2022, para R$ 56,159 bilhões.
A dívida bruta da companhia, referência para o pagamento de dividendos, ficou em US$ 58 bilhões, montante que é considerado “sob controle” pela empresa, mesmo com o aumento das despesas com arrendamento de plataformas, por causa da entrada em operação dos navios-plataformas (FPSO, na sigla em inglês) Anna Nery e Almirante Barroso.
O fluxo de caixa livre da empresa, outra referência para o cálculo da remuneração aos acionistas, que corresponde à diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos, fechou o segundo trimestre em R$ 33,315 bilhões, 47,4% inferior ao apurado pela companhia em igual período no ano passado.
Na semana passada, a companhia revisou a política de dividendos, estabelecendo um percentual de 45% do fluxo de caixa livre. Antes da mudança, o percentual era de 60% do fluxo de caixa livre. Além disso, a empresa deixou de considerar como condicionante uma dívida bruta de US$ 65 bilhões, passando a contar como referência o valor estabelecido no plano estratégico em vigor. Porém, para o atual plano estratégico 2023-2027, o nível máximo de endividamento ainda é de US$ 65 bilhões.
A redução dos dividendos se deu, conforme se alega, para que a empresa aumente investimentos.
Fábio Couto, Kariny Leal e Rafael Rosas – Valor Econômico
Estatal registra resultado líquido de R$ 28,78 bilhões, reflexo da queda nos preços internacionais do petróleo e das margens de refino de diesel, entre outros pontos
A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 28,782 bilhões no segundo trimestre de 2023, queda de 47% na comparação com igual período do ano passado, quando apurou R$ 38,043 bilhões. O resultado refletiu a redução das margens internacionais de refino do óleo diesel (“crack spread”) e a queda na cotação do petróleo Brent, além de maiores despesas operacionais. O conselho de administração da petroleira definiu ainda o valor dos dividendos, com base na nova política de remuneração aos acionistas aprovada na semana passada.
O colegiado da Petrobras, reunido nesta quinta-feira (3), aprovou o pagamento aos acionistas de dividendos no valor de R$ 14,9 bilhões. Em maio, a empresa havia aprovado o pagamento de R$ 24,65 bilhões em dividendos relativos ao primeiro trimestre.
O montante aprovado ontem corresponde a R$ 1,149304 por ação ordinária e preferencial. A primeira parcela da remuneração, no valor de R$ 0,574652 por ação, será paga no dia 21 de novembro, e a segunda parcela, também de R$ 0,574652 por ação, será quitada no dia 15 de dezembro. “A aprovação do dividendo proposto é compatível com a sustentabilidade financeira da Companhia e está alinhada ao compromisso de geração de valor para a sociedade e para os acionistas, assim como às melhores práticas da indústria mundial de petróleo e gás natural”, disse a Petrobras, em nota.
A receita de vendas da empresa caiu 33,4% no trimestre encerrado em junho, para R$ 113,84 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado recuou 42,3% no período, frente ao segundo trimestre de 2022, para R$ 56,69 bilhões. A alavancagem, resultado da relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado foi de 0,74 vez.
“A Petrobras apresentou uma performance financeira e operacional consistente no segundo trimestre, mantendo sua rentabilidade de maneira sustentável”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em comunicado.
No resultado, divulgado na quinta-feira (3), a empresa informou que a receita com a comercialização de derivados no mercado interno caiu 13% no trimestre passado, devido a uma redução média de 17% nos preços de, acompanhando o comportamento do mercado internacional. No mesmo período, a Petrobras verificou queda de 37% nas receitas de exportação de petróleo, ante o primeiro trimestre, e de 45,7% frente ao segundo trimestre do ano passado. Isso se deve à redução de menores volumes exportados, causada pelo maior processamento nas refinarias, entre outros motivos.
No trimestre passado, diesel e gasolina responderam por aproximadamente 74% da receita de venda de derivados, ainda segundo a petroleira. Já o custo dos produtos vendidos pela Petrobras apresentou queda de 25,5% no segundo trimestre, na comparação com igual período em 2022, para R$ 56,159 bilhões.
A dívida bruta da companhia, referência para o pagamento de dividendos, ficou em US$ 58 bilhões, montante que é considerado “sob controle” pela empresa, mesmo com o aumento das despesas com arrendamento de plataformas, por causa da entrada em operação dos navios-plataformas (FPSO, na sigla em inglês) Anna Nery e Almirante Barroso.
O fluxo de caixa livre da empresa, outra referência para o cálculo da remuneração aos acionistas, que corresponde à diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos, fechou o segundo trimestre em R$ 33,315 bilhões, 47,4% inferior ao apurado pela companhia em igual período no ano passado.
Na semana passada, a companhia revisou a política de dividendos, estabelecendo um percentual de 45% do fluxo de caixa livre. Antes da mudança, o percentual era de 60% do fluxo de caixa livre. Além disso, a empresa deixou de considerar como condicionante uma dívida bruta de US$ 65 bilhões, passando a contar como referência o valor estabelecido no plano estratégico em vigor. Porém, para o atual plano estratégico 2023-2027, o nível máximo de endividamento ainda é de US$ 65 bilhões.
A redução dos dividendos se deu, conforme se alega, para que a empresa aumente investimentos.
Fábio Couto, Kariny Leal e Rafael Rosas – Valor Econômico