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Negócio

IEA projeta demanda recorde de petróleo neste ano e queda em 2024


Climainfo - 15 ago 2023 - 08:57

A demanda mundial por petróleo está atingindo níveis recordes em 2023, aponta o Oil Market Report de agosto da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). Entretanto, a entidade projeta que o crescimento do consumo vai desacelerar em 2024, para menos da metade do que deve ser registrado neste ano.

A demanda recorde por combustíveis fósseis está sendo impulsionada pelo forte crescimento das viagens aéreas no verão do hemisfério Norte e pelos aumentos do uso de petróleo na geração de energia elétrica e da atividade petroquímica na China. Por isso, deve crescer 2,2 milhões de barris por dia, para 102,2 milhões de bpd, com o mercado chinês respondendo por mais de 70% do aumento. Em julho, a demanda por petróleo atingiu recorde de 103 milhões de bpd e a IEA estima que agosto poderá registrar outro pico, destaca o Upstream.

Entretanto, segundo a análise da agência, com a recuperação pós-pandemia perdendo força, condições econômicas deterioradas, padrões de eficiência energética mais rígidos e veículos elétricos em alta, a previsão é de que o crescimento da demanda de petróleo fique em 1 milhão de bpd em 2024.

Ainda segundo a IEA, os cortes na oferta de petróleo pela OPEP+ podem corroer os estoques no restante deste ano, podendo elevar mais os preços, pontua a Reuters. Entretanto, em 2024, o crescimento da produção de combustíveis fósseis do Brasil vai ajudar a equilibrar a oferta global da commodity e minimizar os efeitos dos cortes na produção anunciados por Rússia e Arábia Saudita e outros países do cartel, informa o Valor.

O Estadão lembra que o aumento da produção brasileira de petróleo fez com que o produto ganhe cada vez mais destaque na pauta de exportação, o que não deve mudar tão cedo – vide o Novo PAC. No ano passado, as exportações de óleos brutos de petróleo alcançaram US$ 42,5 bilhões – um valor recorde, que representou 12,7% de tudo o que o Brasil exportou. Foi o segundo principal item vendido pelo país, atrás somente da soja, com US$ 46,5 bilhões.