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Negócio

EUA sinalizam aliviar sanção a petróleo do Irã


Valor Econômico - 25 jun 2025 - 08:53

Os EUA avaliam aliviar as sanções contra o Irã para permitir que a China compre petróleo da república islâmica.

O presidente Donald Trump disse ontem que está avaliando a medida, que significaria uma reversão significativa na política de seu governo, que passou meses impondo sanções às refinarias chinesas por comprarem petróleo iraniano. “A China agora pode continuar a comprar petróleo do Irã”, escreveu Trump em sua plataforma de internet Truth Social enquanto voava para Haia para a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

“Espero que eles também comprem bastante dos EUA. Foi uma grande honra para mim fazer isso acontecer!”, acrescentou.

Desde março, os EUA impuseram sanções a diversas refinarias chinesas - grupos privados que são os principais compradores de petróleo bruto iraniano do país - como parte de uma campanha de “pressão máxima” sobre Teerã. Também tem como alvo outras empresas envolvidas no transporte de petróleo bruto iraniano para a China, incluindo entidades sediadas em Hong Kong que, segundo os EUA, são empresas de fachada da Sepehr Energy, uma afiliada comercial do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã.

A China compra a maior parte dos cerca de 1,5 milhão de barris de petróleo exportados pelo Irã, fornecendo a Teerã uma importante fonte de renda, ao mesmo tempo em que deixa Pequim exposta a qualquer endurecimento das sanções dos EUA.

Quando o governo Trump revelou suas primeiras sanções a entidades chinesas em março, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que os EUA estavam “comprometidos em cortar os fluxos de receita usados por Teerã para financiar o terrorismo e o desenvolvimento de seu programa nuclear”, lembrou ontem o jornal britânico “Financial Times”.

As exportações de petróleo iraniano aumentaram mais de três vezes nos últimos quatro anos, com a China comprando a maior parte dessas remessas, de acordo com a Agência de Informação de Energia dos EUA. Os preços da commodity oscilaram muito nas últimas semanas, à medida que os mercados avaliavam o impacto potencial do conflito no Oriente Médio.