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Negócio

Estudos sobre refinaria no Rio vão até agosto


Valor Econômico - 26 abr 2019 - 15:41

A Petrobras vai concluir em agosto os estudos de viabilidade técnica e econômica da refinaria do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Os estudos estão sendo feitos em parceria com a estatal chinesa CNPC.

"Em função destes estudos, a Petrobras tomará uma decisão a respeito da conclusão ou não da refinaria", informou a empresa, em nota ao Valor.

A Petrobras acrescentou que a decisão de iniciar estudos para a construção de uma usina termelétrica a gás natural no empreendimento é uma opção que será avaliada futuramente. "Não há qualquer decisão a respeito no momento", informou a estatal.

A opção de transformar o projeto do Comperj em uma termelétrica a gás foi publicada ontem pelo jornal "O Globo" e confirmada pelo Valor.

A Petrobras já havia desistido de implantar uma petroquímica no Comperj, situado em Itaboraí, na região metropolitana do Rio, devido a falta de competitividade do gás natural brasileiro em comparação com o insumo produzido de forma não convencional nos Estados Unidos. Hoje, a estatal trabalha apenas com a possibilidade de construir uma refinaria no local. Ainda assim, a refinaria não consta do atual plano de negócios da petroleira.

Em outubro do ano passado, a Petrobras firmou uma parceria com o grupo chinês para estudar a retomada da construção da refinaria do Comperj. Pelo desenho do negócio, a estatal teria 80% do empreendimento e a chinesa, os 20% restantes.

O atual presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, porém, tem planos de se desfazer de 50% do parque de refino da companhia. Nesse contexto, o projeto da refinaria do Comperj pode não fazer mais sentido estratégico para a estatal.

No fim de março, o executivo se reuniu com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Um dos temas do encontro foi a retomada das obras do Comperj, paralisadas desde 2015.

Com relação ao projeto termelétrico, a ideia é que o empreendimento utilize gás natural do pré-sal para a geração de energia. No local, já está em construção uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), instalação que pode ser útil para a térmica.

As obras da unidade de processamento, a cargo da chinesa Shandong Kerui Petroleum e da brasileira Método Potencial, exigem perto de R$ 2 bilhões de investimentos e têm expectativa de gerar 3 mil empregos na região.

Ainda não há informações, porém, sobre a capacidade instalada da termelétrica nem a previsão de investimentos.

Rodrigo Polito – Valor Econômico